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"A cobra vai fumar", diz ex-ministro Weintraub, prometendo revelações "que chocarão a imensa maioria"

Após ser criticado pelo ex-aliado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ex-ministro da Educação afirmou que fará revelações neste domingo (24)

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Amanda Azevedo

Publicado em 24/04/2022 às 16:40 | Atualizado em 24/04/2022 às 16:47
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Com informações da Estadão Conteúdo

Após críticas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub publicou no Twitter que fará revelações, na noite deste domingo (24), "que chocarão a imensa maioria".

O filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), disse que Abraham e o irmão dele, Arthur Weintraub, são "os irmãos que saíram do país para se livrar desta perseguição" e que o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) é "inocente". Eduardo reagiu após Arthur afirmar que o perdão a Silveira criava "precedente" que poderia ser usado para reverter penas de condenados por corrupção e lavagem de dinheiro.

"Xingaram meu pai de maconheiro e minha mãe de prostituta. Falam que sou oportunista, traidor, palhaço, etc. E há participação do topo/Palácio. Cansei! Vou contar detalhes que chocarão a imensa maioria", disse Weintraub.

"Hoje! A cobra vai fumar! O canal está aberto para o @BolsonaroSP (Eduardo Bolsonaro) participar, caso ele tenha coragem", disse, em outra publicação.

Então integrante da chamada ala ideológica do governo e amigo dos filhos do presidente, Weintraub saiu às pressas do Brasil em 2020 após acumular crises nos 14 meses em que esteve à frente do Ministério da Educação e após a divulgação de vídeo de reunião ministerial na qual ele defendeu a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os quais chamou de "vagabundos".

Em junho de 2020, Weintraub foi indicado pelo governo de Jair Bolsonaro ao Banco Mundial, em Washington, para assumir a direção executiva que representa Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago. Ele teve mandato renovado em outubro do mesmo ano. No cargo, recebeu salário mensal de cerca de US$ 22 mil (o equivalente a R$ 110 mil).

No Banco Mundial, foi alvo de pedidos de investigação por parte da comissão de funcionários do organismo, por postura considerada incompatível com o cargo, como a divulgação de desinformação sobre covid-19 e engajamento em posição política nas redes sociais. No começo de abril, ele renunciou.

Em fevereiro, o ex-ministro se filiou ao partido Brasil 35, antigo Partido da Mulher Brasileira, e tem tentado se viabilizar como candidato ao governo de São Paulo.

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