Eleições 2022

Pré-candidato a governador pelo PSOL, João Arnaldo defende sua legitimidade em apoiar Lula

João Arnaldo afirma que sua pré-candidatura é uma "uma alternativa de esquerda, progressiva, junto com Lula"

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Mirella Araújo

Publicado em 28/04/2022 às 18:11 | Atualizado em 28/04/2022 às 18:17
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O pré-candidato a governador de Pernambuco pelo PSOL, João Arnaldo, defendeu sua legitimidade quanto o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022. De acordo com o advogado, diferente do PSB que votou favorável, o PSOL "se destacou fazendo uma luta aguerrida" contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.

“Sem ter cargo no Governo Dilma, o PSOL foi o partido que se destacou fazendo uma luta aguerrida contra um golpe parlamentar a que o PSB se associou. Nós estivemos nessa mesma luta ajudando no segundo turno a eleger Dilma com toda nossa militância. Enquanto isso o PSB estava descontruindo toda ajuda que Lula ofereceu ao PSB aqui”, pontuou João Arnaldo. 

O pré-candidato estará presente na Conferência Eleitoral do PSOL, que será realizada neste sábado (30), em São Paulo, e oficializará o apoio do partido ao líder petista, que também marcará presença. As declarações de João Arnaldo foram dadas nesta quinta-feira (28), durante entrevista ao Band News

Ele também exigiu  “ampla transparência” da gestão do PSB, que há 16 anos tem o controle político e administrativo do Estado. “Pernambuco vive num tempo quase de capitania hereditária. Parece que aqui a república ainda não começou. O sonho das pessoas é de sentar na cadeira do Palácio do Campo das Princesas. É uma visão quase monárquica: parece que os outros pré-candidatos receberam por herança a expectativa de assumir o governo do Estado”, alertou.

João Arnaldo lamentou que as outras pré-candidaturas de oposição não se diferenciam do PSB devido a questões estruturais na política, nas propostas de governo, na gestão pública e execução de projetos. “Não é só ser de família tradicional porque isso pode gerar alguém que pense diferente, mas qual a diferença da política? O que se propõe de diferente que não vai ser a mesma coisa que o PSB tem feito? Tem a mesma estética, a mesma origem, o mesmo programa”, apontou.

O psolista enfatizou o papel de sua pré-candidatura em Pernambuco. “É uma responsabilidade que nós temos não só de denunciar isso, mas de colocar nossa candidatura como uma alternativa de esquerda, progressiva, junto com Lula. Nós defendemos a eleição de Lula como uma grande alternativa não só para superar o bolsonarismo, mas para recuperar a autoestima e a política de desenvolvimento de justiça social que nós já vivemos no Brasil”, declarou. 


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