PRÉ-CANDIDATO

Vídeo: Ciro Gomes chama dono do Coco Bambu de vagabundo, e recebe resposta

Ciro prometeu que, caso chegue ao Planalto nas eleições de 2022, "essa gente" não prospera

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Do jornal O Povo para a Rede Nordeste

Publicado em 05/05/2022 às 16:19 | Atualizado em 05/05/2022 às 20:36
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Em entrevista ao programa “Em cima do muro”, o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) chamou o proprietário da cadeia de restaurantes Coco Bambu de “vagabundo” e o acusou de sonegar impostos.

 

“Empresários inescrupulosos, sonegadores de impostos, que estão aqui em Fortaleza fazendo política bolsonarista. Esse vagabundo do Coco Bambu tem 50 restaurantes no Brasil e no mundo, cada um deles tem uma razão social diferente pra não pagar imposto, por isso que são tudo bolsonarista porque é tudo marginal”, criticou o ex-ministro.

Em seguida, Ciro prometeu que, caso chegue ao Planalto nas eleições de 2022, “essa gente” não prospera. “Eles têm que lutar mesmo contra um homem sério, que não tem rabo de palha como eu”, concluiu.

 

Por meio de nota, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) repudiou as declarações de Ciro, que, segundo a entidade, demonstra “total desconhecimento do político em relação ao setor que mais emprega no Brasil”.

“Não bastasse tudo que a nossa categoria sofreu durante a pandemia”, prossegue a nota, com fechamento das nossas casas e severas restrições sanitárias, ainda sofre com acusações infundadas, que atingem todos os empreendedores deste segmento”.

Dono do Coco Bambu:

"O Coco Bambu, nós somos uma empresa com 180 sócios (...) Conseguimos pegar 180 garotos da sociedade cearense e transformá-los em empreendedores em todo o Brasil. Essa é uma história linda que eu tenho orgulho demais dela. Então, quando se ataca o Coco Bambu não ataca somente ao Afrânio, porque o Afrânio é um dos 180 sócios do Coco Bambu. Ataca quase todas as famílias do Ceará. Não existe uma família aqui no Ceará que não tenha um sócio no Coco Bambu", afirmou o empresário Afrânio Barreira. 

“O Coco Bambu, principalmente no Ceará, é ostensivamente fiscalizado há muitos anos. Nunca existiu sonegação fiscal no Coco Bambu. Crescemos organicamente durante 30 anos através do trabalho. É inquestionável. Qualquer pessoa que fale sobre gestão, sobre ser correto e pagar seus impostos, nós estamos super validados com relação a isso", reforçou

Leia a íntegra da resposta da Abrasel:

Nota de repúdio e indignação – Abrasel
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) recebe com total indignação as declarações feitas pelo pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, ao programa "Em cima do Muro", transmitido na última terça-feira (03) pelo Youtube. Na ocasião, Ciro Gomes cita que em Fortaleza existem empresários "inescrupulosos, sonegadores de impostos e marginais", mencionando, inclusive, o nome de uma das maiores redes de restaurantes do país, o Coco Bambu, em uma fala que demonstra total desconhecimento do político em relação ao setor que mais emprega no Brasil (com mais de 6 milhões de empregos gerados).
Não bastasse tudo que a nossa categoria sofreu durante a pandemia - com fechamento das nossas casas e severas restrições sanitárias, ainda sofre com acusações infundadas, que atingem todos os empreendedores deste segmento.
Os 64 restaurantes do Coco Bambu no Brasil são motivo de orgulho para o setor, gerando cerca de 7.200 de empregos e contribuindo mais de R$ 100 milhões em impostos federais e estaduais, tudo isso vindo de uma empresa genuinamente cearense.
As acusações de Ciro Gomes não atingem apenas os grandes empresários do ramo de restaurantes, atingem também os pequenos, sendo que todos eles diariamente batalham para manter suas contas em dia e sustentar não só as suas, mas as famílias de seus funcionários. E isto, para nós, é inadmissível.
Somos uma associação apartidária, assim como os estabelecimentos de nossos associados, e a nossa luta é sempre por um país mais simples para empreender e melhor para se viver, apoiando os empresários e trabalhadores de nosso país, e não podemos nos calar frente a ataques gratuitos e infundados feitos ao nosso setor.

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