Miguel Coelho defende apoio do governo federal para enfrentar tragédias das chuvas em Pernambuco
O ex-prefeito de Petrolina classificou como "pequena" atitude de Paulo Câmara em não ter participado do encontro com Bolsonaro
O pré-candidato ao Governo do Estado, o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil), não poupou críticas ao governador Paulo Câmara (PSB), classificando a atitude do chefe do Executivo estadual de "pequena", por não ter participado do encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira (30), no Recife.
“Fomos surpreendidos pela atitude pequena, mesquinha por parte do atual governador, que, com certeza, não representa o sentimento e o tamanho do nosso povo. Governador, o momento não requer convite", disparou Miguel.
"O momento requer ação, requer atitude, para que Pernambuco possa sair desse momento desafiador. Não cabe ao prefeito, ao governador, ao presidente ou seja lá quem for fazer política ou olhar para essa situação com viés partidário. Chega de política ideológica, é preciso garantir apoio federal”, completou.
Diante das fortes chuvas que vem atingindo Pernambuco, desde a última quarta-feira (25), contabilizando até esta segunda-feira, 91 mortes, 26 pessoas desaparecidas e mais de cinco mil pessoas desabrigadas, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a liberação de R$ 1 bilhão para ações de socorro e reconstrução de moradias. Ele fez um sobrevoo em algumas áreas afetadas pelas águas e deslizamentos na Região Metropolitana do Recife.
Paulo Câmara afirmou que não havia recebido o convite oficial da visita de Bolsonaro ao Estado, e que diante da não confirmação institucional, não iria acompanhar a agenda. "Não vou comentar ato político. Nosso foco está no atendimento à população e no apoio aos municípios. Estamos no meio de uma emergência, com 26 pessoas ainda desaparecidas. Toda ajuda para o povo de Pernambuco será sempre bem-vinda", afirmou, nesta segunda, ao Blog de Jamildo.
O pré-candidato Miguel Coelho alertou que o governador de estado deve trabalhar para todos, sem distinção. E cobrou uma ação conjunta com o governo federal para ampliar as medidas emergenciais de socorro às vítimas e para evitar que tragédias como esta se repitam.
“Esse é o momento de estarmos juntos com quem mais precisa e prestar solidariedade a quem perdeu alguém nesta enchente. É o momento de juntar sim com o governo federal, que é quem tem o maior volume de dinheiro, para poder socorrer Pernambuco neste momento. Para que a gente possa não apontar culpados, mas resolver os problemas o quanto antes e evitar que novas tragédias voltem a acontecer no futuro, como essas que poderiam ter sido evitadas se os governos passados tivessem feito a sua parte.”