Bolsonaro critica uso de linguagem neutra na Argentina: ''agora há desempreguE''
Veja o que Bolsonaro disse sobre a linguagem neutra
Nas redes sociais, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), criticou o Governo da Argentina pelo do uso da linguagem neutra em algumas palavras.
Com o uso da linguagem neutra, há uma substituição de artigos masculino e feminino por ''x'', ''e'' ou ''@''. Os defensores da linguagem não binária apontam para a necessidade de inclusão das pessoas que não se identificam com o gênero masculino nem com o gênero feminino.
De acordo com o jornal "La Nación", o Ministério de Obras Públicas da Argentina irá começar a usar oficialmente a linguagem "como formas expressivas válidas em produções, documentos, registros e atos administrativos em todas as áreas". A decisão foi publicada no Diário Oficial.
Bolsonaro, que é crítico do governo do presidente Alberto Fernández, lamentou a decisão do país vizinho. "No que isso ajuda o seu povo? A única mudança provocada é que agora há 'desabastecimente', 'pobreze' e 'desempregue'. Que Deus proteja os nossos irmãos argentinos e os ajude a sair dessa difícil situação", escreveu Bolsonaro.
O presidente do disse que seu foco é reduzir violência, criar ambiente propício à geração de empregos e acelerar o crescimento da economia "defendendo os valores sagrados da nossa pátria".
Não há consenso na Argentina sobre o uso. Em junho passado, por exemplo, a Prefeitura de Buenos Aires, capital do país, havia proibido o uso das terminações de gênero neutro nas comunicações institucionais e vetou que elas sejam ensinadas como parte do currículo escolar.
A secretária de Educação de Buenos Aires chegou a defender que essa linguagem "viola as regras do espanhol e atrapalha a compreensão de leitura dos alunos".
Argentina
Recentemente Bolsonaro também se pronunciou sobre a crise econômica na Argentina e questionou Brasil terá de criar uma nova ''Operação Acolhida'' para receber imigrantes fugindo do país vizinho.
Bolsonaro se referiu à ação criada em 2018 em Roraima para acolher venezuelanos. “Veja para onde está indo a economia da nossa Argentina. Será que brevemente vamos ter que fazer uma Operação Acolhida na Argentina a exemplo da Operação Acolhida em Roraima? Metade da população já está na linha da pobreza. O segundo país mais rico aqui da América do Sul, nosso grande parceiro comercial ainda”, afirmou.