ELEIÇÕES 2022

ELEIÇÕES 2022: TSE exclui coronel da inspeção de urna eletrônica por disseminação de notícias falsas

Um coronel do Exército foi descredenciado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propagar notícias falsas

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Julianna Valença

Publicado em 08/08/2022 às 14:18 | Atualizado em 08/08/2022 às 17:28
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Com informações da Agência Brasil

Um coronel do Exército foi descredenciado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da equipe de técnicos designados para inspecionar os códigos-fonte da urna eletrônica e de todo o sistema eletrônico de votação, devido a propagação de notícias falsas.

O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, enviou nesta segunda-feira (8) um ofício ao Ministério da Defesa comunicando a exclusão. O documento é assinado também pelo atual vice-presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.

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INSPEÇÃO URNA ELETRÔNICA 

Desde outubro de 2021, a inspeção da urna e dos códigos-fonte dos sistemas de votação podem ser feita por dezenas de entidades, incluindo as Forças Armadas, em uma sala designada para esse fim na sede do TSE.

Antonio Augusto/Secom/TSE
Militares analisam código-fonte das urnas eletrônicas - Antonio Augusto/Secom/TSE

Técnicos das Forças Armadas designados pelo Ministério da Defesa realizam o procedimento desde a última quarta-feira (3), após a pasta pedir acesso aos códigos-fonte com caráter "urgentíssimo".

TÉCNICO INSPETOR DA URNA ELETRÔNICA PROPAGA FAKE NEWS

Segundo o ofício, o motivo para o veto à participação do coronel Ricado Sant´Anna na inspeção foi a notícia de que mensagens publicadas por ele sobre o processo eleitoral foram rotuladas como falsas por plataformas de rede social.

"Conforme apuração da imprensa, mensagens compartilhadas pelo coronel foram rotuladas como falsas e se prestaram a fazer militância contra as mesmas urnas eletrônicas que, na qualidade de técnico, este solicitou credenciamento junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fiscalizar", escreveram Fachin e Moraes.

Antonio Augusto/Secom/TSE
Militares analisam códigos das urnas eletrônicas - Antonio Augusto/Secom/TSE

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O presidente e o vice-presidente do TSE frisaram que o credenciamento de técnicos para inspecionar os códigos do sistema eletrônico de votação, em Brasília, precisa levar em consideração "a necessidade de segurança e de isenção dos que se arvoram como fiscalizadores", conforme disposto em resolução aprovada no ano passado pelo plenário da Corte.

"Conquanto partidos e agentes políticos tenham o direito de atuar como fiscais, a posição de avaliador da conformidade de sistemas e equipamentos não deve ser ocupada por aqueles que negam prima facie [à primeira vista] o sistema eleitoral brasileiro e circulam desinformação a seu respeito", acrescenta o texto.

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