ELEIÇÕES 2022: TSE exclui coronel da inspeção de urna eletrônica por disseminação de notícias falsas
Um coronel do Exército foi descredenciado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propagar notícias falsas
Com informações da Agência Brasil
Um coronel do Exército foi descredenciado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da equipe de técnicos designados para inspecionar os códigos-fonte da urna eletrônica e de todo o sistema eletrônico de votação, devido a propagação de notícias falsas.
O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, enviou nesta segunda-feira (8) um ofício ao Ministério da Defesa comunicando a exclusão. O documento é assinado também pelo atual vice-presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.
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INSPEÇÃO URNA ELETRÔNICA
Desde outubro de 2021, a inspeção da urna e dos códigos-fonte dos sistemas de votação podem ser feita por dezenas de entidades, incluindo as Forças Armadas, em uma sala designada para esse fim na sede do TSE.
Técnicos das Forças Armadas designados pelo Ministério da Defesa realizam o procedimento desde a última quarta-feira (3), após a pasta pedir acesso aos códigos-fonte com caráter "urgentíssimo".
TÉCNICO INSPETOR DA URNA ELETRÔNICA PROPAGA FAKE NEWS
Segundo o ofício, o motivo para o veto à participação do coronel Ricado Sant´Anna na inspeção foi a notícia de que mensagens publicadas por ele sobre o processo eleitoral foram rotuladas como falsas por plataformas de rede social.
"Conforme apuração da imprensa, mensagens compartilhadas pelo coronel foram rotuladas como falsas e se prestaram a fazer militância contra as mesmas urnas eletrônicas que, na qualidade de técnico, este solicitou credenciamento junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fiscalizar", escreveram Fachin e Moraes.
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O presidente e o vice-presidente do TSE frisaram que o credenciamento de técnicos para inspecionar os códigos do sistema eletrônico de votação, em Brasília, precisa levar em consideração "a necessidade de segurança e de isenção dos que se arvoram como fiscalizadores", conforme disposto em resolução aprovada no ano passado pelo plenário da Corte.
"Conquanto partidos e agentes políticos tenham o direito de atuar como fiscais, a posição de avaliador da conformidade de sistemas e equipamentos não deve ser ocupada por aqueles que negam prima facie [à primeira vista] o sistema eleitoral brasileiro e circulam desinformação a seu respeito", acrescenta o texto.