ELEIÇÕES 2022

Lula diz que já andou armado no passado, mas reconhece: "não tem necessidade"

Lula (PT) teve encontro com representantes de áreas do esporte nesta terça-feira (27) e criticou a política armamentista do presidente Jair Bolsonaro (PL)

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Augusto Tenório

Publicado em 27/09/2022 às 14:46
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Lula (PT) teve encontro com representantes de áreas do esporte nesta terça-feira (27) e criticou a política armamentista do presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente chegou a citar que já teve posse de uma "garruchinha 22", arma popular, de cano curto e baixo calibre.

"Eu, quando namorava, muito tempo atrás, eu tinha uma garruchinha 22. Eu namorava até às 23h30 e tinha que sair a pé. Era longe pacas e não tinha ônibus. Eu tinha uma garruchinha, colocava ela aqui dentro [do bolso]", afirmou Lula.

O petista, líder de intenção de voto, afirmou que tirava as balas com medo que elas estourassem e as colocava no bolso "Se um cara viesse para cima de mim, eu falava: 'oi, pera aí, deixa eu colocar as minhas balas aqui'", brincou Lula. Ele, porém, reconhece a mudança de postura: "não tem necessidade, quem não sabe usar arma", completou.

O ex-presidente da República voltou a associar os decretos para liberação de armas. promovidos durante o Governo Bolsonaro, ao fortalecimento do narcotráfico e do crime organizado.

"A venda de armas liberada não vai para pessoas boas. Quem tá comprando armas é o narcotráfico, o crime organizado. Qual cidadão de bem que quer tantas armas?", questiona.

STF tenta restringir efeitos de decretos de Bolsonaro sobre compra de armas e munições

No início deste mês, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu três liminares (decisões provisórias) com intuito de restringir efeitos de decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para facilitar a compra de armas de fogo e de munições, além da posse de armamento.

"Conquanto seja recomendável aguardar as contribuições, sempre cuidadosas, decorrentes pedidos de vista, passado mais de um ano e à luz dos recentes e lamentáveis episódios de violência política, cumpre conceder a cautelar a fim de resguardar o próprio objeto de deliberação desta Corte", afirmou Fachin.

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