Justiça Eleitoral

'Pintou um clima': Bolsonaro vai ao TSE para evitar que Lula use vídeo com fala sobre meninas venezuelanas

A solicitação foi feita neste domingo (16), antes da divulgação de um material produzido pela campanha do petista que mostra parte de uma entrevista que o presidente concedeu na sexta-feira (14) falando sobre o caso

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Renata Monteiro

Publicado em 16/10/2022 às 16:37 | Atualizado em 16/10/2022 às 16:40
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Segundo informações publicadas pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição foi ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar proibir que Lula (PT) use trecho do vídeo em que o militar da reserva fala que "pintou um clima" entre ele e adolescentes venezuelanas durante encontro no Distrito Federal.

A solicitação foi feita neste domingo (16), antes da divulgação de um vídeo produzido pela campanha do petista que mostra parte de uma entrevista que o presidente concedeu na sexta-feira (14) falando sobre o caso. "É desespero, pois sabem que vão perder as eleições", afirmou Fabio Faria, ministro das Comunicações, à publicação.

A propaganda de Lula diz: "Você que é mãe, você que é pai: veja só o que Bolsonaro falou sobre meninas de 14 anos". E continua: "Pintou um clima? Com uma garota de 14 anos? É esse homem que diz defender a família?", questiona um narrador, na peça de 30 segundos.

Na ação encaminhada a ao TSE, os advogados de Bolsonaro alegam que as falas do presidente foram tiradas de contexto e que ao usar a expressão "pintou um clima", o gestor quis "sugerir, em linguagem clara e direta, voltada para o povo, que as meninas, lamentavelmente, devido à penúria financeira de que são vítimas, com reflexos de degradação sexual, estariam à procura de possíveis clientes".

A defesa de Bolsonaro solicita, ainda, que a corte determine que Lula e seus aliados apaguem menções ao vídeo com a entrevista e os proíba de fazer futuras postagens relacionadas a ele. Também foi pedido que a exploração do material em propagandas de rádio e TV do petista sejam barradas, "sob pena de cometimento de crime de desobediência e multa de R$ 500 mil para cada apresentação".

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