POLÍCIA FEDERAL

ROBERTO JEFFERSON: ele foi indiciado? Como fica prisão? entenda o que acontece com Roberto Jefferson

Desde a noite deste domingo (23), Jefferson está detido no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio

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Lucas Moraes

Publicado em 24/10/2022 às 15:19 | Atualizado em 24/10/2022 às 15:19
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 Estadão Conteúdo

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) por quatro tentativas de homicídio, em função do ataque praticado neste domingo (23) contra quatro agentes da PF que foram à sua casa, em Levy Gasparian, município do sul fluminense, para cumprir uma ordem de prisão contra ele. Jefferson lançou duas granadas e atirou contra os policiais. Dois deles foram feridos, sem gravidade.

O indiciamento foi confirmado hoje pela assessoria de imprensa da Superintendência da PF no Rio de Janeiro.

O Estadão procurou a defesa de Jefferson para que se manifeste sobre esses indiciamentos, sem sucesso até a publicação desta reportagem.

Desde a noite deste domingo (23), Jefferson está detido no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio.

Na tarde desta segunda-feira (24) ele será submetido a uma audiência de custódia, durante a qual um juiz vai decidir se mantém ou não sua prisão.

PRISÃO DE ROBERTO JEFFERSON

A coluna da jornalista Juliana Dal Piva informou que o agente da Polícia Federal que apareceu em vídeo que viralizou nas redes sobre a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson informou que "vestiu um personagem" no momento da negociação.

Em outro vídeo, o policial aparece rindo e conversando normalmente com Roberto Jefferson, em um clima que não parecia que ele tinha acabado de atirar contra os policiais que foram realizar o mandado de prisão expedido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

"A responsabilidade da negociação era enorme, não havia condições de fazer uma entrada tática com tantas pessoas na casa e a informação que havia várias armas! Virou um gerenciamento de crise, se sai um inocente ferido ou morto, seria uma tragédia e nome da PF na lama! Eu vesti um personagem para desacelerar a situação da melhor maneira possível", disse o policial.

A informação é de que o agente é chefe-substituto do GPI (Grupo de Pronta Intervenção) e também seria negociador pelo COT (Comando de Operações Táticas), a chamada 'tropa de elite' da Polícia Federal.

Ainda de acordo com a jornalista, que falou com integrantes da PF do Rio de Janeiro, a conversa entre o policial, que se chama Vinícius, "não era negociação, era um papo entre bolsonaristas", disseram os policiais.

Jair Bolsonaro (PL), que divulgou uma mensagem mais cedo alegando que "o tratamento dispensado a quem atira em policial é bandido", não foi o mesmo utilizado pela abordagem, que diz "o que o senhor precisar a gente vai fazer".

 

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