ELEIÇÕES 2022

PESQUISA ELEITORAL SUSPENSA EM PE. O que aconteceu? Qual era a pesquisa? Entenda

A coligação Pernambuco na veia foi a autora do pedido de suspensão acatado pelo TRE-PE

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Lucas Moraes

Publicado em 24/10/2022 às 19:06 | Atualizado em 24/10/2022 às 19:47
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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) decidiu pela suspensão da divulgação de nova pesquisa eleitoral sobre a intenção de votos entre Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB). A pesquisa seria divulgada nesta terça (25). 

O pedido de suspensão da divulgação foi feito pela coligação Pernambuco na veia. De acordo com a coligação, "uma série de irregularidades constatadas pela coordenação jurídica da candidata ao governo de Pernambuco Marília Arraes levaram a Justiça Eleitoral a conceder liminar". A candidata tem aparecido atrás de Raquel Lyra nos levantamentos realizados neste segundo turno. 

A coligação Pernambuco na veia apontou que "a metodologia apresentada pela empresa não contempla o que exige a legislação eleitoral". A campanha alegou que“não é possível identificar qual a metodologia aplicada à pesquisa em questão, tendo em vista que essa foi apresentada de forma genérica, sem informações capazes de comprovar a idoneidade do trabalho produzido”.

 

Outra supsta irregularidade apontada pela campanha foi a divergência entre o que foi proposto como amostra da população e o que efetivamente estava nos questionários:

"No que diz respeito à idade dos entrevistados, a pesquisa traz 5 faixas etárias que não correspondem ao eleitorado de Pernambuco; no item nível econômico apresenta dois níveis (economicamente ativo e não economicamente ativo), mas o questionário apresenta 17 possibilidades de respostas; e o questionário contém perguntas acerca de religião, previsão ausente no plano amostral", exemplifica a coligação. 

A pesquisa em questão seria divulgada nesta terça (25) pela TV Record e pela sua afiliada em Pernambuco, TV Guararapes, pela empresa Real Time Big Data.

A campanha de Marília alega também que a empresa apresentou a mesma nota fiscal, no valor de R$ 20 mil, que já havia sido emitida em outros Estados, como Rondônia, Amazonas, Santa Catarina, Espírito Santo, Sergipe, Alagoas, Paraíba e até mesmo em outra rodada de pesquisa divulgada em Pernambuco.

 

Ainda segundo Marília Arraes, "as pesquisas Real Time Big Data têm mostrado resultados bem diferentes do que institutos conceituados apresentam, como o Ipec, e, neste segundo turno, sempre com a candidata tucana Raquel Lyra obtendo vantagem sobre a candidata da coligação Pernambuco na Veia, Marília Arraes. Informações publicadas por veículos de comunicação pernambucanos dão conta de que um dos sócios do instituto, Bruno Soller, é o estrategista da candidata tucana".

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