PRF tem 48h para apresentar quantos agentes trabalharam contra bloqueios bolsonaristas e o efetivo do dia da eleição
Alexandre de Moraes já havia determinado a Polícia Federal (PF) que compartilhasse com urgência todas as informações reunidas até o momento sobre os líderes dos bloqueios
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem 48 horas para entregar documentos que comprovem o quantitativo de agendes mobilizados para liberar as estradas federais interditadas por bolsonaristas que protestam contra o resultado democrático da eleição presidencial.
A determinação é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que pede para a PRF informar "documentalmente" quantos policiais foram acionados em cada Estado, em atuação e em pronto-emprego, desde 28 de outubro. O objetivo é analisar se a corporação empreendeu esforço total para desmobilizar os bloqueios.
Moraes também pede dados sobre eventuais recrutamentos para o segundo turno das eleições, com o "detalhamento das lotações de origem dos policiais, bem como para onde foram enviados em missão". As informações são do Estadão Conteúdo.
A ordem tem como objetivo investigar se houve desfio de finalidade nas abordagens feitas no dia da votação do segundo turno, já que a Justiça Eleitoral havia proibido ações relacionadas ao transporte público de eleitores. A PRF fez ao menos 560 operações, com foco no Nordeste, reduto eleitoral do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nessa quinta-feira (3), Alexandre de Moraes também havia determinado que o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, entregue um relatório detalhado de todas as multas aplicadas durante a desmobilização dos bloqueios. O ministro pede a identificação dos veículos e pessoas autuadas. Também mandou a Polícia Federal (PF) compartilhar com urgência todas as informações reunidas até o momento sobre os líderes dos bloqueios.