Polícia Civil deflagra operação para investigar suposta prática de 'rachadinha' na Câmara de Vereadores de Ipojuca
Hoje, em Ipojuca e Gravatá, estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros
A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), a Operação Compartilhado, com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa suspeita da prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Até o momento, a corporação não deu detalhes sobre os alvos da operação, mas informações publicadas pelo G1 apontam que os policiais apuram a prática de um esquema de "rachadinha" na Câmara de Vereadores de Ipojuca, no Grande Recife.
Preliminarmente, a Polícia Civil anunciou que as investigações em torno do caso começaram em setembro de 2020. Hoje, em Ipojuca e Gravatá, estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros, todos expedidos pelo juízo da Vara Criminal da Comarca de Ipojuca.
Ao G1, a Câmara de Ipojuca afirmou por nota que "coopera e vai cooperar com o que for preciso para elucidar os fatos". A Casa Legislativa declarou, ainda, que a investigação começou antes da atual legislatura, iniciada em 2021, após as eleições municipais de 2020.
- 'Rachadinha' na Câmara de Vereadores de Ipojuca teria movimentado cerca de R$ 8 milhões, diz Polícia Civil
- Marília Arraes sugeriu que Túlio Gadêlha fizesse ‘rachadinha’? Entenda
- Bolsonaro diz que rachadinha é 'meio comum'
- Tribunal de Justiça do Rio rejeita denúncia contra Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas
- Ex-assessor de Bolsonaro é o 4º nome a apontar rachadinha em gabinetes do clã
A corporação informou, ainda, que 130 policiais, entre delegados, agentes e escrivães, estão participando da ação, que está sob a presidência dos delegados Viviane Santa Cruz e Diogo Melo Victor, titular e adjunto da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (1ª DECCOR), que integra o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO).
As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (DINTEL) e pelo Núcleo de Contabilidade Financeira e Lavagem de Dinheiro do DRACCO – NCLD/DRACCO, contando ainda com o apoio do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).