TRANSIÇÃO

Adiamento da PEC de Transição gera conflito entre lideranças do PT

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann acredita que haverá uma "solução política" para garantir os recursos do Bolsa Família de R$ 600

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Mirella Araújo

Publicado em 24/11/2022 às 19:30 | Atualizado em 25/11/2022 às 17:48
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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, acredita que falta articulação política no Senado para que a PEC da Transição, que propõe a retirada do Bolsa Família do teto de gastos, seja destravada no Congresso.

O posicionamento da deputada federal veio em resposta as declarações do senador Jaques Wagner (PT-BA), de que estaria faltando "um ministro da Fazenda" para facilitar o andamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. As informações são do Estadão Conteúdo.

"Não vejo isso, articulação política se dá no Congresso independentemente de quem é o ministro. Temos de respeitar o tempo do presidente Lula [para indicar os ministros]. Não sei porque essa ansiedade toda", afirmou Gleisi. "Está faltando articulação política no Senado, por isso acho que nós travamos na PEC. Não é falta de ministro."

Ela lamentou o fato de Lula não ter podido estar em Brasília para ajudar na articulação da PEC por questões de saúde - devido a uma cirurgia na garganta no domingo, ele adiou para a próxima semana a viagem à Capital Federal, prevista inicialmente para esta semana.

Apesar da demora na apresentação da PEC, Gleisi disse que aposta na "solução política" para garantir recursos para o Bolsa Família de R$ 600 no ano que vem, mas disse que, se isso não for possível, o novo governo buscará outras saídas.

A presidente do PT minimizou o novo adiamento do texto, que está previsto para ser protocolado até terça-feira que vem. "Estamos fazendo as conversas no Congresso Nacional, acertando bem o texto. É importante ajustar para que possamos ter tramitação célere e aprovar a matéria", completou.

"FOI TARDE"

A presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann falou rapidamente com a imprensa depois de assistir à estreia do Brasil na Copa do Catar com o vice-presidente eleito e coordenador geral da equipe, Geraldo Alckmin (PSB), e outros integrantes da equipe de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

Ela comemorou o resultado - o Brasil venceu a Sérvia por 2 a 0 - e, questionada sobre a substituição de Neymar, que apoiou o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições, disse: "Foi tarde."

 

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