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HADDAD se distância da PEC bilionária do Bolsa Família e diz que não tem convite para assumir Economia

Haddad disse ainda que não participou da redação do texto da Proposta de Emenda à Constituição da transição

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Lucas Moraes

Publicado em 28/11/2022 às 21:59
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Estadão Conteúdo

Favorito para assumir o Ministério da Fazenda, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou na noite desta segunda-feira (28), que, a pedido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai integrar o grupo de economistas do governo de transição a partir de amanhã e que não recebeu qualquer outro convite.

 

"Eu fui convidado exclusivamente para interagir com o grupo de economia que fez a transição ate aqui, não recebi nenhum outro convite", declarou Haddad ao deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde estava reunido com a cúpula petista. "O presidente me pediu para acompanhar tanto quanto fosse possível as reuniões do grupo da economia", acrescentou.

O grupo de economia da transição é composto pelos economistas Nelson Barbosa, Guilherme Mello, André Lara Resende e Persio Arida, com quem Haddad já sinalizou nos bastidores a intenção de trabalhar em dobradinha, como antecipou o Broadcast Político.

Haddad afirmou que vai se reunir pela manhã com o economista Gabriel Galípolo, integrante do governo de transição e cotado para o BNDES, e, à tarde, com Mello. "Estou autorizado pelo presidente Lula a interagir com integrantes do grupo de economia "

Lula deixou o CCBB pouco antes de Haddad, mas não falou com a imprensa.

 

PEC DA TRANSIÇÃO

Haddad disse ainda que não participou da redação do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição.

"Não posso comentar o texto da PEC porque sequer o conheço. Não participei da elaboração do texto, o que conheço é o que vocês publicaram nos jornais. Não vou emitir opinião porque vou me reunir a partir de amanhã com integrantes do grupo da economia", afirmou o ex-ministro. "É uma decisão que cabe ao governo, estou aqui na condição de colaborador, para dar opiniões sobre como eu acho que deve caminhar esse assunto", acrescentou.

A PEC foi protocolada hoje pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI) e visa abrir espaço fiscal no Orçamento do ano que vem ao excepcionalizar o Bolsa Família do teto de gastos por 4 anos.

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