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Paulo Câmara diz que conversas com Lula são para discutir "Pernambuco e o futuro do Brasil" e não confirma convite para integrar governo federal

O presidente eleito Lula deve anunciar os nomes de mais 16 novos ministros na próxima terça-feira (27)

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Mirella Araújo

Publicado em 24/12/2022 às 8:30
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Após se reunir com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), evitou dar detalhes sobre um possível convite feito pelo líder petista para que ele integre o governo federal.

“Não tem convite ainda não. Pode ser que tenha e pode ser que não tenha, mas a conversa de ontem (quinta-feira) foi uma conversa, onde já tive o privilégio de fazer outras, para discutir Pernambuco e o futuro do Brasil”, disse Paulo Câmara, em entrevista ao JC.

De acordo com o governador de Pernambuco, que também é vice-presidente nacional do PSB, ele sempre defendeu que o partido socialista fosse aliado de primeira hora de Lula, no processo de construção da sua candidatura do petista à presidência da República.

“E fomos contemplados com a indicação do Alckmin dentro de uma costura política muito bem feita. Nós sabíamos que a partir do momento que nos inserimos na aliança, da forma que está sendo feita, a gente tem que ajudar da melhor forma”, declarou o governador.

Apesar de não configurar na lista dos indicados por Lula, nessa quinta-feira (22) o gestor socialista ainda poderá ser contemplado no governo federal no time do segundo escalão - uma das possibilidades ventiladas é a presidência do Banco do Nordeste.

Paulo Câmara cumpria agenda no município de Águas Belas, ontem, quando recebeu uma ligação do líder petista. De imediato, ele cancelou os compromissos que tinham sido agendados para essa quinta-feira, e embarcou, pela manhã, direto para Brasília, para se reunir com a cúpula do PSB nacional.

"Já coloquei para o presidente Lula que posso ajudar ele da forma que ele achar importante. Nós criamos uma relação, que me permite dizer isso para ele, como também ouvir algumas coisas que ele me disse ontem, mas foi uma conversa entre nós dois, então a gente também deixa isso para a história e para o futuro”, declarou o governador.

Até o momento, o PSB ocupa o ministério da Justiça e Segurança Pública, com o senador eleito Flávio Dino (MA); o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que será comandado pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin; e o Ministério de Portos e Aeroportos com indicação do ex-governador de São Paulo Márcio França.

“O PSB já foi muito contemplado com três ministérios, isso já mostra o olhar diferenciado que ele [Lula] tem com o meu partido”, completou o governador.

 

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