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Ex-ministro Gilson Machado é acusado de pedir golpe militar a Bolsonaro e reage: ''Vai ter que provar''

Gilson machado foi ministro do Turismo do governo Bolsonaro

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Cássio Oliveira

Publicado em 26/12/2022 às 8:06 | Atualizado em 26/12/2022 às 8:11
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Gilson Machado foi um dos principais aliados de Bolsonaro em Pernambuco nos últimos quatro anos
Gilson Machado foi um dos principais aliados de Bolsonaro em Pernambuco nos últimos quatro anos - Reprodução

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto (PL) se manifestou nas redes sociais após matéria do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, afirmar que ele teria pedido que o presidente Jair Bolsonaro invocasse o artigo 142 da Constituição e desse um golpe para se manter no poder.

Segundo Gilson Machado, a informação não é verídica. "Nunca vi tanta mentira junta num texto tão curto. Vai ter que provar. Vai perder mais um processo", afirmou em sua conta no Twitter, nesse domingo (26).

Em sua reportagem - intitulada ''O ex-ministro que vem pedindo um golpe a Bolsonaro'' -, Guilherme Amado afirma que o pernambucano Gilson Machado Neto visitou Jair Bolsonaro no Palácio Alvorada por mais de uma vez nas últimas semanas com intuito de convencer o presidente a dar um golpe.

Ainda segundo o jornalista, Bolsonaro não cede à pressão, pois não acredita que as Forças Armadas irão "embarcar na aventura golpista e ilegal".

Gilson Machado Neto deixou o Ministério do Turismo para concorrer ao Senado em Pernambuco, mas não foi eleito. Ele obteve 1.320.555 votos e ficou em segundo lugar na disputa. A senadora eleita pelo Estado foi Teresa Leitão (PT), com 2.061.276 votos.

Artigo 142 da Constituição

A reportagem do Metrópoles destaca, ainda, que a leitura golpista do trecho da Constituição vem sendo feita por aliados de Bolsonaro, inclusive por muitos dos que pedem intervenção na frente dos quartéis.

 

Eles defendem que os militares teriam autorização para uma espécie de “Poder Moderador” da política, mas a leitura é golpista visto que em momento algum o artigo menciona isso.

"A Constituição de 1988 determina que a palavra final para solucionar conflitos e impasses entre os Poderes é do STF, como reforçou o ministro Luís Roberto Barroso em uma decisão de 2020", conclui Amado em sua matéria.

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