O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) serão diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira (12), durante sessão solene que ocorrerá às 14h.
Com os certificados assinados e entregues em mãos pelo presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, eles estarão habilitados a tomar posse no dia 1º de janeiro de 2023, podendo exercer os mandatos conferidos pelo voto popular no segundo turno das Eleições Gerais de 2022.
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A chapa Lula e Alckmin foi eleita com mais de 60 milhões de votos contra 58,2 milhões de votos recebidos pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que concluirá seus quatro anos de gestão no dia 31 de dezembro. Esse foi considerado o pleito mais acirrado desde a redemocratização e o primeiro em que um candidato à reeleição não conseguiu renovar o seu mandato.
A diplomação é a etapa final de formalização da vitória dos candidatos eleitos pelas urnas. O evento será realizado no plenário do TSE e ao fim da entrega dos diplomas, Lula deverá fazer um discurso.
Após esse processo, a expectativa é de que os anúncios para compor a sua equipe ministerial, sejam intensificados.
DISCURSO AMBÍGUO
Nesta sexta-feira (9), o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio de mais de 40 dias e conversou com manifestantes que se concentram no Palácio da Alvorada. Em sua fala, Bolsonaro disse "respeitar as quatro linhas da Constituição", em sinalização aos questionamentos que têm sido feito pelos manifestantes bolsonaristas, sem provas, sobre a legitimidade do resultado das eleições.
"Quantos amigos nós perdemos por falar a verdade para eles? Quantas vezes nós nos irritamos quando alguém diz a verdade para nós? E hoje estão vivendo um momento crucial, uma encruzilhada, um destino que o povo tem que tomar. Quem decide o meu futuro, para onde eu vou, são vocês. Quem decide para onde vai as Forças Armadas são vocês, quem decide para onde vai a Câmara e o Senado, são vocês também", disse.
Durante o discurso, os apoiadores pregavam uma ação das Forças Armadas para evitar a posse de Lula, o que é inconstitucional. Diante desse pronunciamento, existe um receio de que manifestantes bolsonaristas possam causar tumulto durante a cerimônia de diplomação do líder petista.