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Com Lula, página do governo trata impeachment de Dilma como 'golpe'

O senador Ciro Nogueira vai pedir ao STF que inclua essa menção da EBC sobre "golpe" no processo de fake news

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Mirella Araújo

Publicado em 19/01/2023 às 17:36 | Atualizado em 19/01/2023 às 17:44
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O site oficial do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chama o impeachment de Dilma Rousseff de "golpe", embora o primeiro escalão tenha ministros de vários partidos que apoiaram o afastamento de Dilma, como o MDB e o PSD.

O próprio partido do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também votou a favor do impeachment da petista, mas declarou em 2018, arrependimento do apoio. 

Ao anunciar a nova gestão da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o site diz que "o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, indicou Rita Freire, presidente do Conselho Curador da EBC cassado após o golpe de 2016" para um cargo de gerência na empresa.

Dilma sofreu impeachment em 2016 depois de ser condenada por promover "pedaladas fiscais", prática revelada pelo Estadão. As "pedaladas" consistem em manobras contábeis feitas pelo Executivo para cumprir metas fiscais.

O senador Ciro Nogueira, ex-titular da Casa Civil, vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que inclua essa menção da EBC sobre "golpe" no processo de fake news.

À época, o Tribunal de Contas da União considerou que o Tesouro atrasou o repasse de recursos para Caixa, Banco do Brasil, BNDES e FGTS para o pagamento de programas sociais, como o Bolsa Família.

A relação entre o Planalto e o Congresso começou a se deteriorar em 2015, quando o PT decidiu enfrentar Eduardo Cunha na eleição para a presidência da Câmara e lançou a candidatura de Arlindo Chinaglia (SP). Cunha venceu e aceitou o pedido de impeachment de Dilma, depois aprovado pela Câmara e pelo Senado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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