Gleisi Hoffmann nega confronto com Haddad e diz que o ministro está correto em mediar com o mercado a reoneração dos combustíveis
Para a presidenta do PT, o ministro da Fazenda está no seu papel de buscar dialogar com o mercado, mas que ela mantém posicionamento contrário a volta do imposto federal
Apesar de ser contra a reoneração dos combustíveis, a deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está tomando uma atitude acertada ao buscar mediar os interesses do mercado com a visão política/econômica do governo federal.
Em entrevista a coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles, a petista fez questão de desmentir que tenha algum tipo de embate com o ex-prefeito de São Paulo. "O ministro Haddad tem uma grande responsabilidade. Ser ministro da Fazenda não é algo simples. Ele sabe que as posições dele têm impacto direto nos resultados de mercado, do dólar, na bolsa... Ele tem que ter muito cuidado no conduzir. Por isso acho que ele está correto no papel dele - de mediação com o mercado”, contou Gleisi Hoffmann.
A negativa de um confronto, porém, não impediu a deputada federal de endossar o pensamento do Partido dos Trabalhadores em relação ao tema economia. "O PT é o guardião desse projeto desenvolvimentista que ganhou as eleições. Vamos sempre defender isso. Acreditamos ser o melhor para o Brasil", disse Hoffmann. "O mercado pressiona o tempo inteiro. Tem que ter um contraponto nisso, mas o mercado não ganhou a eleição. Ele (Haddad) é do PT e vai implementar a política que o presidente Lula definir”, reforçou a petista ao Metrópoles.
Afastamento do presidente do Banco Central
O posicionamento de Gleisi Hoffmann em relação ao debate econômico do governo não parou por aí. A presidente da PT fez questão de voltar a cobrar publicamente a saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, seja por vontade própria dele ou por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprovação do Senado Federal. Para a deputada, a Lei de Autonomia do Banco Central tem de prevalecer.