PCC: O que é o PCC e como ele atua em PERNAMBUCO? Conheça a facção que planejava ATAQUES contra SERGIO MORO
A facção, que planejava atacar o senador Sergio Moro, está presente em todo o país, inclusive em Pernambuco
Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal deflagrou uma operação que investiga integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), suspeitos de sequestrar e assassinar autoridades, de acordo com o ministro da Justiça Flávio Dino.
Segundo o senador Sergio Moro, ele era um dos alvos da facção.
Leia nesta matéria:
- O que é o PCC?
- PCC em Pernambuco
- Sergio Moro alvo do PCC
O QUE É O PCC?
O Primeiro Comando da Capital é a maior facção criminosa do Brasil e conta com milhares de membros espalhados pelo país.
Acredita-se que o que motivou o surgimento do grupo foi o massacre do Carandiru, em 1992. O massacre aconteceu quando a Polícia Militar de São Paulo matou 111 detidos para conter uma rebelião no presídio da capital paulista.
A facção começou com a ideia de um sindicato entre os presos, para reivindicar melhores condições nos presídios.
Porém, tornou-se em uma facção criminosa de alto nível com estrutura de cartel, que opera no tráfico internacionalmente.
O PCC está presente no Paraguai e na Bolívia, grandes produtores de drogas.
Estima-se que a facção fature cerca de R$ 400 milhões ao ano.
Especialistas apontam que a estrutura que a facção segue é inspiração para formação de outras organizações criminosas.
PCC EM PERNAMBUCO
O PCC atua em todo o Brasil. No nordeste, é a principal facção criminosa entre os estados.
A facção atua com a venda de drogas, roubo de cargas e tráfico de armas.
Em Pernambuco, o último caso notável em relação ao PCC foi quando prenderam Valdeci Alves, conhecido como Colorido, no munícipio de Salgueiro em abril de 2022.
“O delinquente, agora fora de operação, era um dos principais cabeças no esquema de fornecimento de drogas para os estados da Região Sudeste do país”, declarou o Ministério da Justiça e da Segurança Pública na época.
SERGIO MORO ALVO DO PCC
Segundo a PF, a facção criminosa planejou o sequestro e morte de servidores e autoridades e o motivo que impulsionou o esquema foi uma portaria do governo que proibia visitas íntimas em presídios federais.
Quando o senador era ministro de Segurança Pública, durante o governo Bolsonaro, ele determinou a transferência de Marcola, chefe do PCC, e outros criminosos pertencentes à facção para presídios de segurança máxima.
Moro era defensor do isolamento das facções criminosas como maneira de deixá-las mais fracas.
Nesta manhã, são cumpridos 24 mandatos de busca e apreensão e 11 de prisão em São Paulo, Paraná, Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
De acordo com a PF, pelo menos 6 pessoas já foram presas em Campinas, interior de São Paulo.