O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a volta do protagonismo internacional do Brasil, em balanço sobre os quatro dias de viagem à China e aos Emirados Árabes Unidos.
Ele mencionou acordos da ordem de R$ 62,5 bilhões firmados com os dois países: R$ 50 bilhões com os chineses e R$ 12,5 bilhões com o país árabe.
O presidente destacou que, mais do que os recursos financeiros, o importante é a possibilidade de novos entendimentos em diferentes áreas, como a cultural, a digital e a educacional.
"Eu regresso para o Brasil com a certeza de que nós estamos voltando à civilização. O governo está fazendo aquilo que é sua obrigação: se abrir para o mundo e, ao mesmo tempo, convencer o mundo a se abrir para o Brasil", disse Lula, em conversa com jornalistas.
Ele relatou ainda que convidou os dirigentes dos dois países a visitarem o Brasil.
Segundo Lula, com muitos interesses econômicos no Brasil, o xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan aceitou o convite, e o presidente chinês, Xi Jinping, também sinalizou possibilidade de vir ao Brasil.
Na entrevista em Abu Dhabi, antes de embarcar de volta a Brasília (DF), Lula apontou a questão climática como vantagem comparativa do Brasil na atração de investimentos, em relação aos demais países.
O presidente enfatizou o fato de o governo brasileiro ter previsibilidade, credibilidade interna e no mundo, além de garantia de estabilidade social.
"O Brasil tem uma matriz energética muito limpa, tem potencial eólico muito grande e um potencial de energia solar ainda maior", disse o presidente.
"O Brasil está trabalhando a questão do hidrogênio verde em vários estados do Nordeste, além da nossa política de biodiesel, de etanol e da biomassa, que são alternativas que o país tem para oferecer ao mundo como parceria."
Para reforçar o potencial de atração de investimentos do Brasil, Lula assegurou que o País tem estabilidade jurídica, estabilidade política e vai se transformar em um país de estabilidade econômica.
O presidente fez referência ao pacote de obras de infraestrutura que está sendo negociado com governadores como possível carteira para receber capital internacional.
LULA: G20 PARA A PAZ
Em resposta a questionamento de jornalistas, Lula voltou a falar sobre a necessidade de as nações do mundo que não querem a guerra se unirem para tentar restabelecer a paz entre Rússia e Ucrânia.
"Quando houve a crise econômica de 2008, rapidamente, nós criamos o G20 para tentar salvar a economia. Agora é importante criar um outro G20 para acabar com a guerra e estabelecer a paz", destacou o presidente.
"Essa é a minha intenção, e eu acho que nós vamos conseguir um intento muito grande. Estamos encontrando um conjunto de pessoas que preferem falar em paz do que em guerra, e eu acho que vai dar certo", concluiu.
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