Lula

Lula propôs política unificada para a região amazônica

Presidente defendeu exploração da região sem desmatá-la

Imagem do autor
Cadastrado por

Esaú Júlio

Publicado em 22/05/2023 às 17:20
Notícia
X

No último domingo (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma política unificada entre os países amazônicos. Em agosto, será realizada a Cúpula da Amazônia em Belém, que reunirá os líderes dos oito países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

Para Lula, é essencial estabelecer uma política séria que envolva os povos indígenas para evitar o desmatamento e garantir a sobrevivência das cerca de 28 milhões de pessoas que vivem na região. "Eles têm direito de viver, trabalhar, comer e ter acesso aos bens materiais que todos nós queremos. E, por isso, precisamos explorar a riqueza da biodiversidade sem desmatar, a fim de saber se é possível extrair oportunidades de desenvolver indústrias de fármacos, cosméticos, entre outros, para gerar empregos limpos", declarou.

Valter campanato; Agencia Brasil

Força-Tarefa em Defesa da Amazônia permanecerá mais um ano na região - Valter campanato; Agencia Brasil

LULA QUER TRANFORMAR A AMAZÔNIA EM SANTUÁRIO? 

“Não queremos transformar a Amazônia em um santuário da humanidade”, acrescentou o presidente durante conversa com jornalistas em Hiroshima, no Japão.

Durante sua visita ao país asiático, Lula participou do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7, que reúne líderes das sete maiores economias mundiais: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.

Ricardo Stucker

Lula na Reuniãoo do G7 - Ricardo Stucker

Na ocasião, o presidente cobrou que os países ricos cumpram suas promessas internacionais, como a doação anual de US$ 100 bilhões para ajudar países em desenvolvimento a preservar suas florestas. "Em todas as Conferências do Clima das Nações Unidas, ouvimos sobre essa doação de US$ 100 bilhões. Nós estamos esperando", afirmou.

O QUE LULA ESPERA QUE ACONTEÇA? 

Para Lula, é crucial haver uma nova governança global mais representativa, onde países que não cumprem seus compromissos climáticos sejam punidos.

“Ou todos nós entendemos que o barco é um só, que o planeta é redondo, ou entendemos que uma desgraça que vier vai pegar todo mundo de calça curta. Os cientistas estão nos prevenindo, então é importante termos clareza de que nós seremos os responsáveis de nos salvar ou de nos matar”, disse.

Nas cúpulas do G7, geralmente há países convidados. Nesta edição, além do Brasil, foram convidados Austrália, Coreia do Sul, Vietnã, Índia, Indonésia, Comores e Ilhas Cook. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também esteve presente em Hiroshima e participou da sessão de debates sobre o tema "Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero".

 

Ricardo Stuckert/PR

Lula participou de um painel do G7 em que estava Zelensky - Ricardo Stuckert/PR

O QUE FEZ LULA NO JAPÃO? 

Durante sua estadia no país asiático desde sexta-feira (19), o presidente Lula teve uma agenda cheia de encontros bilaterais, se reunindo com 11 chefes de governo e entidades distintas.

"Estou saindo do Japão ainda mais otimista. Existe uma grande oportunidade para o Brasil estabelecer parcerias comerciais, culturais e políticas fortes", disse Lula.

O presidente também mencionou que tem duas viagens agendadas para países africanos e uma viagem à Índia ainda este ano. As pessoas gostam muito do Brasil e estão felizes com a volta da democracia e o retorno do Brasil ao cenário internacional, acrescentou Lula.

 

Por Agência Brasil 

Tags

Autor