Rodrigo Pacheco afirma que Lula indicará Cristiano Zanin para o STF
Zanin foi o advogado responsável pela defesa do presidente Lula durante a Operação Lava Jato
De acordo com presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve indicar o advogado Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (1º).
“Me encontrei ontem com Cristiano Zanin. Ele será o indicado pelo presidente da República para vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal. Essa mensagem deve chegar hoje ao Senado e, chegando, vamos encaminhar à Comissão de Constituição e Justiça. Já conversei com o presidente Davi Alcolumbre que dará andamento à mensagem na CCJ”, afirma Pacheco.
Indagado se classifica que Zanin é um bom nome para a Suprema Corte, Rodrigo Pacheco respondeu que sim. “Alguém que reúne condições e têm os predicados para ser ministro do Supremo Tribunal Federal e essa é uma avaliação, obviamente, que o colegiado do Senado terá a oportunidade de fazer”, afirmou o parlamentar.
O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, deve indicar um relator responsável por apresentar o parecer sobre o indicado. Em seguida, será fixada uma data para a sabatina de Zanin na CCJ e para votação do parecer do relator.
O QUE DIZ PACHECO?
Segundo informou Pacheco, se aprovado na CCJ, o tema será imediatamente pautado no plenário do Senado. “Nada vai travar no Senado”, pontuou o parlamentar. Para conquistar a vaga no Supremo, o advogado Cristiano Zanin precisa dos votos de 41 dos 81 senadores da República.
PORQUE LULA QUER INDICAR ZANIN AO SUPREMO?
Cristiano Zanin será indicado por Lula para assumir a cadeira que foi de Ricardo Lewandowski, aposentado em abril deste ano. Zanin foi o advogado responsável pela defesa do presidente Lula durante a Operação Lava Jato, quando ganhou notoriedade nacional e internacional.
Foi a partir de um processo encabeçado por Cristiano Zanin que a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas reconheceu que a prisão de Lula, em 2018, violou o devido processo legal e que, por isso, a proibição para ele participar da eleição daquele ano violou os direitos políticos do atual presidente.