ALIANÇAS

João Campos e Raquel Lyra acompanham visita de Lula ao Polo Automotivo Stellantis, em Goiana

O prefeito do Recife e a governadora de Pernambuco estarão presentes, nesta terça-feira (6), em agenda do presidente da República no Estado

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 05/06/2023 às 18:39 | Atualizado em 05/06/2023 às 22:07
Ricardo Stuckert / divulgação
O presidente Lula lança o novo Programa Farmácia Popular, no Compaz Ariano Suassuna, ao lado de João Campos - FOTO: Ricardo Stuckert / divulgação

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), um dos principais aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Pernambuco, na atual conjuntura política, vai acompanhar as agendas do líder petista no Estado, nesta terça (6) e quarta-feira (7). Já a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), foi convidada para participar das agendas de Lula no Estado; mas, no entanto, a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado só confirmou, a princípio, a participação da tucana apenas no evento no Polo Automotivo Stellantis, no município de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Na agenda divulgada à imprensa, o governo não confirmou a presença de Raquel Lyra na inauguração do campus do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), no município de Paulista, no Grande Recife, às 11h30, da quarta-feira (7). A visita simboliza a celebração dos 20 anos da criação do programa de ensino técnico e profissional.

João Campos integra a comitiva que vai recepcionar o presidente Lula na Base Aérea do Recife, no bairro do Jordão, nesta terça-feira. Em seguida, eles participam juntos de uma visita ao Polo Automotivo onde está localizada a fábrica da Fiat/Jeep, no município de Goiana, na Zona da Mata Norte.

Na última quinta-feira (1º), o presidente Lula deu aval à versão final do programa de incentivo ao barateamento dos carros populares, que sofreu alterações desde que foi anunciado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), no dia 25 de maio. 

No entanto, na véspera da visita do presidente Lula a Pernambuco, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad anunciou que a Medida Provisória (MP) terá como foco o transporte coletivo e o transporte de carga. No lugar da isenção dos impostos, por exemplo, o governo federal propõe a concessão de créditos tributários.

Já na quarta-feira (7), o presidente Lula vai lançar o novo Programa Farmácia Popular do Brasil, que disponibiliza medicamentos utilizados na Atenção Primária à Saúde (APS). O anúncio será feito às 9h30, no Compaz Ariano Suassuna, no bairro do Cordeiro.

A escolha do local foi vista como um aceno ao prefeito João Campos, semelhante ao que ocorreu na última visita de Lula à capital pernambucana, no dia 22 de março, onde foram anunciados, entre outras ações, R$ 66 milhões para investimentos em obras de contenção de encostas no Recife, e a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), durante evento realizado no Geraldão, no bairro da Imbiribeira.

Os gestos políticos entre o PT e o PSB, tem como roteiro as eleições de 2024 (Prefeitura do Recife) e 2026 (Governo do Estado). Enquanto João Campos já iniciou as acomodações em sua administração para fortalecer o arco de alianças que forma a Frente Popular do Recife, os petistas também estão se movimentando sem descartar nenhum cenário majoritário.

De acordo com informações publicadas pelo Blog de Jamildo, o presidente Lula deverá encontrar uma brecha entre os compromissos para tratar destas articulações. Mesmo ocupando as pastas de Meio Ambiente (Oscar Barreto) e Habitação (Ermes Costa), na Prefeitura do Recife, o PT não declarou oficialmente apoio imediato à reeleição de João Campos.

Uma das fontes ouvidas pelo Blog de Jamildo, aponta que o “acordo ideal” seria o gestor socialista ter uma indicação do PT compondo a vice na sua chapa, em 2024. Neste caso, o PSB apoiaria o senador Humberto Costa na disputa majoritária de 2026.

Essa “contrapartida” implicaria em dois cenários:  O PT indicaria Humberto Costa para o Governo do Estado, caso João Campos seja reeleito prefeito e considere não renunciar para disputar como candidato a governador; ou o Partido dos Trabalhadores receberia o apoio de Campos, que sairia como candidato majoritário, para a renovação do mandato Humberto para o Senado Federal.

 

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