MINHA CASA MINHA VIDA: proposta quer incluir ELETRODOMÉSTICOS no FINANCIAMENTO; entenda
O setor, que vem passando por um período fraco nas vendas, enxerga uma possibilidade de aumento na receita com a aprovação da medida
Com a recriação do Minha Casa, Minha Vida se aproximando, fabricantes de eletrodomésticos defendem que o programa inclua ítens essenciais da linha branca, como geladeira, fogão e máquina de lavar roupa, nas possibilidades de financiamento.
O setor, que vem passando por um período fraco nas vendas, enxerga uma possibilidade de aumento na receita com a aprovação da medida. Na Câmara dos deputados, há uma Medida Provisória que está para ser aprovada.
QUEDA NAS VENDAS
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção de eletrodomésticos vem caindo nos últimos 12 meses, uma queda de 7,3% até abril de 2023.
As vendas no varejo também apresentaram queda de 1,5% no mesmo período.
"A demanda, de fato, caiu. Houve um pico durante a pandemia que agora arrefeceu. Além de exigir um tíquete maior do consumidor, há menos interesse em assumir dívida para a compra por falta de confiança na manutenção dos empregos", diz Eugênio Foganholo, sócio da consultoria Mixxer, especializada em varejo.
MINHA CASA, MINHA VIDA: PROGRAMA vai ser RECRIADO? MP foi APROVADA?
PROPOSTA DA EMENDA
De autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), que recentemente teve seu mandato cassado, a proposta visa incluir geladeira e fogão no financiamento da casa própria.
Porém, a MP que está em tramitação na Câmara não teve a emenda do deputado inclusa. Não há, por parte do Governo Federal, um cálculo do custo dessa medida nem o benefício para a economia; o setor alega que haveria um impacto positivo na ação.
Por meio de nota, a Eletros alega que "tem dialogado com o Poder Executivo federal e com parlamentares do Poder Legislativo nacional para tratar de uma eventual inclusão de eletrodomésticos no programa Minha Casa, Minha Vida".
"A partir de um diálogo propositivo, temos apresentado argumentos técnicos sobre os ganhos econômicos e sociais que esta ampliação do programa traria aos seus beneficiários", diz a entidade.