Entrevista

Raquel Lyra fala sobre os desafios da gestão em entrevista ao Roda Viva

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, foi questionada sobre o entrave com relação ao piso dos professores e a situação de emergência da saúde pública

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 27/06/2023 às 1:56 | Atualizado em 27/06/2023 às 2:15
Reprodução TV Cultura
Raquel Lyra foi entrevistada pelo Roda Viva, da TV Cultura - FOTO: Reprodução TV Cultura

Os desafios nas áreas da Saúde, Educação e Segurança Pública foram alguns dos temas abordados durante a entrevista da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (26).

Com apresentação da jornalista Vera Magalhães, a bancada de entrevistadores foi formada por Guilherme Caetano, repórter do jornal O Globo; Laurindo Ferreira, diretor de redação do Jornal do Commercio; Priscila Camazano, repórter da Folha de S.Paulo; Roseann Kennedy, colunista do Estadão; e Thais Bilenky, repórter na Revista Piauí e apresentadora do podcast Foro de Teresina. As ilustrações foram de Custódio Rosa.

Raquel Lyra foi questionada sobre o Projeto de Lei Nº 712/2023, que trata da readequação de 14,95% do piso para seis mil professores efetivos e 19 mil contratados. A proposta, que será votada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta terça-feira (28), não tem apoio do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sintepe), mas a governadora afirmou esperar que o PL seja aprovado pelos parlamentares.

Contrariando o que tem afirmado a categoria nas últimas semanas, Raquel Lyra disse que a mesa está aberta para discussão e voltou a culpar a gestão anterior pelo desequilíbrio fiscal do Estado. “Não posso dizer que vou cumprir algo que, hoje, não temos dinheiro para pagar”, referindo-se a cobrança de reajuste para os 52 mil profissionais da educação, segundo reivindica o sindicato. “Estamos discutindo o reajuste que garante 100% do piso para todos os profissionais”, declarou.

Outro ponto debatido foi com relação à situação de emergência em saúde pública, decretada no dia 20 de junho, diante das altas taxas de ocupação de leitos de UTI neonatal e pediátrica decorrentes de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Raquel Lyra explicou que tem atuado para fortalecer a rede de forma regionalizada.

“Lamentavelmente temos 58 crianças na fila aguardando vaga na UTI. Essas crianças estão sendo atendidas em unidades com suporte ventilatório. Abrimos o credenciamento, pedimos à iniciativa privada a abertura de novos leitos e o que conseguimos está posto, mas estamos pedindo mais”, explicou a governadora, ressaltando que a própria rede privada está com fila diante da sazonalidade dos casos de SRAG.

"Saúde é o principal problema de Pernambuco. Nós abrimos 216 leitos para atender a população mais perto de sua casa. Abrimos 90 leitos pediátricos. Estamos abrindo novos leitos para enfrentar essa sazonalidade de gripe, de influenza", complementou.

Sobre segurança, a governadora afirmou que a gestão tem atuado na redução da criminalidade e tem feito investimentos, a exemplo do lançamento do programa Juntos pela Segurança, que inicialmente estava previsto para abril e que, agora, segundo Raquel Lyra, será lançado neste mês de julho. A respeito da convocação dos policiais penais que passaram no concurso realizado no ano passado, ela pediu “um pouco mais de paciência”, já que o Estado está atento ao limite prudencial no gasto com pessoal.

INVESTIMENTOS

Durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Raquel Lyra fez questão de pontuar que não tem problema em ir em busca de investimentos para o Estado. Ela foi questionada tanto sobre a relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto com o ex-governador Paulo Câmara, que hoje é presidente do Banco do Nordeste (BNB). 

Paulo Câmara inclusive já afirmou que até o momento não teria sido procurado pelo Governo de Pernambuco. No entanto, Raquel Lyra disse que sua equipe técnica já esteve com a equipe do Banco do Nordeste.

Ainda segundo Raquel, ela foi eleita como candidata opositora à gestão do ex-socialista, para resgatar o protagonismo do Estado. "Não tenho problema de bater na porta", citando como exemplo o empréstimo de R$ 900 milhões assinado pelo presidente Lula, em sua última visita a Pernambuco, para serem aplicados em obras de infraestrutura.

 

 

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