REPERCUSSÂO

Políticos pernambucanos reagem à condenação de Bolsonaro no TSE

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) está inelegível por oito anos

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 30/06/2023 às 16:00 | Atualizado em 30/06/2023 às 16:45
GUGA MATOS/JC IMAGEM
Aliados e adversários de Bolsonaro usaram as redes sociais para comentar o resultado do julgamento do TSE, que condenou o ex-presidente da República - FOTO: GUGA MATOS/JC IMAGEM

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL),  foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta sexta-feira (30), por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A inelegibilidade por oito anos do ex-presidente repercutiu entre aliados e adversários políticos.

A senadora Teresa Leitão (PT) usou as redes sociais para comentar a decisão da Justiça Eleitoral. “O julgamento nos assegura que este é um país que não permite que discursos mentirosos e distorções graves sobre o sistema eleitoral sejam usados em benefício eleitoral próprio com objetivo de nos levar ao caos e a instabilidade”, declarou a parlamentar.

Para o deputado federal Túlio Gadelha (Rede), o julgamento do TSE “mostrou, de forma técnica, e bem fundamentada, que crimes têm consequências, nesse caso a inelegibilidade”. “Bolsonaro atacou a credibilidade das urnas com mentiras e teorias conspiratórias. Atacou as instituições democráticas e tentou manipular nosso povo”, disse Gadelha, em seu perfil nas redes sociais.

O senador Humberto Costa (PT) considerou o resultado  como um "duro recado a todos aqueles que tentaram descredibilizar o sistema eleitoral e atacar as instituições". "Hoje foi um dia importante para democracia brasileira. Depois de incontáveis ataques à democracia e à Constituição, o ex-presidente Jair Bolsonaro começou a acertar as suas contas com a justiça", disse o parlamentar petista. 

 

O relator do julgamento, o ministro Benedito Gonçalves, votou a favor da condenação, sendo seguido pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, André Tavares e Floriano Azevedo Marques.

Como era esperado, os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques não viram gravidade suficiente na prática do ex-presidente e votaram para absolvê-lo. Com o placar de 5 a 2, Bolsonaro ficará inelegível até 2030.

Apesar da decisão, a defesa do ex-presidente poderá entrar com recurso. O advogado Tarcísio Vieira de Carvalho já informou que vai esperar a publicação do acórdão, para entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Aliados de Bolsonaro também usaram as redes sociais para expressar apoio ao ex-presidente. O ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e ex-candidato a governador, Anderson Ferreira (PL), afirmou que mesmo com a condenação,  o ex-presidente da República será considerado "um herói". 

"A decisão de cassar os direitos políticos do ex-presidente Bolsonaro é uma prova clara de que querem calar a nossa voz. Estamos falando de uma liderança que teve 49,20% dos votos nas últimas eleições. Não tenho dúvida de que isso fará do mito um herói do povo brasileiro", destacou Ferreira. 

O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL), considerou o resultado do julgamento “uma derrota para a democracia”. "Um presidente que nunca respondeu por atos de corrupção perder o direito de tentar reeleição quando conquistou quase metade dos votos dos pais na última eleição: 57 milhões de brasileiros votaram em Bolsonaro", declarou o parlamentar.

Ainda segundo Feitosa, nem mesmo a ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu um processo de impeachment em 2016, teria ficado inelegível na época.

Uma das principais aliadas de Bolsonaro em Pernambuco, a deputada federal Clarissa Tércio (PP), disse que ele "é o primeiro ex-presidente a ficar inelegível sem nenhuma acusação de corrupção". "São 57 milhões de vozes caladas. Assustador!", publicou a deputada. 

O ex-ministro e ex-candidato ao Senado, Gilson Machado Neto (PL), também prestou solidariedade a Bolsonaro. "Democracia relativa em festa. Democratas de luto", fazendo uma referência a declaração feita por Lula, nessa quinta-feira (29), sobre o governo de Nicolas Maduro.

 

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