Com informações da Agência Estado
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (Partido Republicano), se entregou nesta terça-feira (13) para a justiça americana e está sob custódia.
Trump será acusado formalmente de ter guardado de forma ilegal alguns documentos de segurança nacional quando deixou o cargo e mentiu para autoridades que tentaram recuperar o material.
ACUSAÇÕES
Esta é a segunda vez que o ex-presidente se entrega à justiça; no entanto, é a primeira vez que Trump está preso sob custódia em nível federal.
O ex-presidente dos Estados Unidos enfrenta 37 acusações relacionadas ao manuseio incorreto de documentos secretos, incluindo 31 acusações sob um estatuto da Lei de Espionagem, que se referem à retenção dessas informações de defesa nacional.
Também são incluídas acusações de obstrução da Justiça e declarações falsas.
"Um dos dias mais tristes na história do nosso país. Somos uma nação em declínio", disse Trump em sua plataforma Truth Social enquanto era levado para a corte.
CRIME DE ESPIONAGEM
Nos Estados Unidos, existe uma lei que obriga os presidentes a enviarem todos os e-mails, cartas, documentos e outras informações de trabalho para os Arquivos Nacionais. Também existe uma lei que proíbe a manutenção de segredos de Estado em locais não autorizados e considerados inseguros.
Em janeiro de 2021, quando Donald Trump deixou a Casa Branca e se mudou para sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida, Trump manteve consigo dezenas de caixas repletas de arquivos.
Já no ano de 2022, Trump recebeu dezenas de pedidos para devolução dos documentos e decidiu devolver caixas com quase 200 documentos confidenciais.
No entanto, o FBI estava convencido de que o ex-presidente não havia entregado o material completo. Logo, o FBI entrou em Mar-a-Lago em 8 de agosto e deteve 30 caixas contendo 11.000 documentos.
Donald Trump se entrega e está sob custódia da justiça americana:
DECLARAÇÃO DE TRUMP
Segundo a AFP, Trump se declarou inocente, afirmando estar sendo perseguido por seus opositores. 'Estão tentando, pela Justiça, o que não podem conseguir nas urnas'. Segundo Trump, esta perseguição serve para esconder e camuflar a 'corrupção de Biden'.
O julgamento criminal do caso aberto em Nova York provavelmente acontecerá no início de 2024, em plena campanha para as primárias republicanas, nas quais Trump é o grande favorito.