O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira (26) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se candidate à reeleição em 2026, apesar de revelar que o mandatário "oscila" quando pensa em um quarto mandato.
SEGUNDO MANDATO
"O presidente Lula tem o direito constitucional à reeleição. Grande parte das pessoas que eu conheço defende que ele seja candidato em 2026. Claro que eu defendo isso. O Lula oscila às vezes, mas obviamente que vai chegando a hora e vai confluir para o nome dele", afirmou, em entrevista ao portal Metrópoles. "O presidente Lula terá um candidato, ele próprio ou alguém que ele indicar", completou.
Haddad lembrou que Lula fará 78 anos em outubro deste ano, e avaliou que o presidente é uma pessoa "muito madura". "Para ele, o Brasil é a coisa mais importante do mundo, e ele vai lutar por esse País enquanto ele precisar lutar. Se o Brasil precisar dele, ele não vai pestanejar", acrescentou.
O ministro disse ainda que a extrema-direita também terá seu candidato em 2026, mas evitou avaliar se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, será o nome deste campo. "A extrema-direita é a força mais bem constituída no Brasil hoje, infelizmente. Vai passar um verniz, se apresentar de forma menos exótica. Quem está na pista eu não sei, mas é natural que essas duas forças - o governo atual e o anterior - se apresentem."
Haddad evitou se colocar como candidato natural à sucessão de Lula - seja em 2026 ou em 2030. "Sempre falo que o sujeito que está em um cargo pensando em eleição, a chance de ele ser exitoso vai diminuir", esquivou-se.
PREFEITURA DE SÃO PAULO
Haddad defendeu que o PT apoie à candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) à prefeitura de São Paulo em 2024. "Houve um acordo, e acordo em política se cumpre. Defendo que se honre o acordo, claro", respondeu.
Questionado se sua esposa, Ana Estela Haddad, poderia ser a candidata a vice na chapa de Boulos, o ministro listou o seu currículo e disse que essa pergunta deve ser feita a ela. "A Estela tem um currículo melhor que o meu, de maneira que ela pode ser o que ela quiser. Eu não vou responder por ela. Nem se eu soubesse a decisão dela eu diria. Ela que tem que ser entrevistada", concluiu.