O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a inclusão do nome do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio na Difusão Vermelha da Interpol - lista dos mais procurados da Polícia Criminal Internacional. O órgão ainda deve analisar o pedido antes de efetivar a inclusão.
O apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de mandado de prisão expedido em dezembro do ano passado, a pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República.
DEFESA QUER EXCLUSÃO DO NOME NA LISTA
O advogado Ricardo Freire Vasconcellos, que representa o blogueiro, afirmou que o Instituto Internacional de defesa dos presos e exilados políticos vai pedir à Interpol que não inclua o nome de Eustáquio no alerta vermelho, sob a alegação de que o órgão veda 'a inclusão de nomes por perseguição política'.
"Oswaldo é um refugiado político por perseguição ilegal perante a nação paraguaia. O pedido é inócuo pois é público que Oswaldo Eustáquio pediu proteção política ao Paraguai e hoje é oficialmente um refugiado", sustenta.
QUAL O CRIME DE OSWALDO EUSTÁQUIO
A ordem de prisão pendente contra Oswaldo Eustáquio não é a primeira que pesa contra o blogueiro. Esta foi assinada em 2020, no bojo do inquérito dos atos antidemocráticos, também a pedido da Procuradoria-Geral da República.
Em janeiro de 2021, o blogueiro bolsonarista foi posto em prisão domiciliar, com a determinação de que seguisse uma série de medidas cautelares.
Em setembro do mesmo ano, o aliado do presidente foi alvo de uma nova ordem de prisão preventiva, dada no bojo da investigação sobre a organização e financiamento de atos golpistas no feriado da Independência da República. A ordem acabou revogada após a passagem da data.
Oswaldo Eustáquio chegou a concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados durante as eleições 2022, mas ficou como suplente.