O deputado federal e presidente da câmara de deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi acusado de estupro por Jullyene Lins, com quem teve um relacionamento de dez anos desde 1996.
Segundo informações da Universa do Uol, Jullyene afirma ter sido agredida e estuprada no dia 5 de novembro de 2006, seis meses após o término do relacionamento.
AS AGRESSÕES DE ARTHUR LIRA
Em entrevista para a Universa, Jullyene contou sobre os abusos que sofreu do parlamentar.
"Ele dizia: 'Sua puta, sua rapariga, você quer me desmoralizar?', enquanto puxava meu cabelo e me batia. Quando me deu uma rasteira, eu caí, e ele começou a me chutar", disse Jullyene.
O processo foi movido na justiça há 17 anos por violência doméstica, com depoimento de mais quatro testemunhas e o laudo médico que atestava os hematomas dos braços e pernas de Jullyene.
O caso deveria ter sido julgado em 2015 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), afinal, Lira já era deputado estadual na época.
Segundo Jullyene, Lira foi absolvido, pois teria ameaçado ela para que retirasse a queixa ou perderia a guarda dos filhos, que atualmente têm 17 e 23 anos.
No boletim de ocorrência, constam as agressões e ameaças que Jullyene sofria, que, segundo ela, aconteciam por ciúmes.
Jullyene diz que Lira ligou questionando o fato dela estar em um bar e, assim que chegou em casa, a agrediu. "Quando abri a porta, ele já me deu um soco e começou a me chutar."
"Você está procurando homem? Não quer homem? Você tá vadia? Tá atrás de homem pra fu***?", teria dito Lira, enquanto empurrava Jullyene contra a parede.
"Ele ficou por cima de mim. Eu esperneava, gritava, pedia socorro, enfim. Ele fez o ato e eu não consegui me desvencilhar. Só escapei no momento em que ele foi se arrumar. Mas já estava muito machucada. Corri para a cozinha. Vi a babá do meu filho e pedi para ligar para minha mãe. Mas ele me puxou pelo braço e continuou as agressões", relata Jullyene.
O QUE PODE ACONTECER COM ARTHUR LIRA?
Atualmente, o caso está encerrado e Lira inocentado, mas Jullyene ainda estuda a possibilidade de um novo processo.
"Tenho que falar com meus advogados. Eles estão vendo como podemos proceder, porque ele já foi inocentado. Então não sei se ainda dá ou se vai valer a pena", revelou Jullyene.
Jullyene acredita que foi necessário voltar a falar sobre o caso para "encorajar mulheres" a denunciarem.
Vale lembrar que a Central de Atendimento à Mulher funciona em todo País, 24 horas por dia. Em caso de violência domestica, física ou psicológica, basta ligar para 180. Você também pode entrar em contato pelo Whatsapp, no número (61) 9610-0180.