INVESTIGAÇÃO

Moraes manda Dino liberar para CPI imagens do ataque de 8 de janeiro

O ministro do STF determinou que o ministro da Justiça, Flávio Dino, encaminhe as imagens dos circuitos interno e externo do ministério captadas no dia 8 de janeiro à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas

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Publicado em 07/08/2023 às 19:57
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Atos golpistas em Brasília aconteceram no dia 8 de janeiro - FOTO: EVARISTO SA / AFP

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (7), que o ministro Flávio Dino encaminhe as imagens dos circuitos interno e externo do Ministério da Justiça captadas no dia 8 de janeiro à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas.

Moraes argumentou que, "na presente hipótese, não está caracterizada qualquer excepcionalidade que vede a cessão e compartilhamento de imagens à CPMI". O ministro ainda afirmou que a comissão "deverá analisar a eventual publicização ou manutenção do sigilo em virtude das diligências em andamento".

"À consagração constitucional de publicidade e transparência corresponde a obrigatoriedade de o Estado fornecer as informações necessárias à Sociedade", escreveu Moraes no despacho.

Dino não atendeu os pedidos da CPMI do 8 de Janeiro para ter acesso às imagens captadas pelas câmeras do Palácio da Justiça no dia da invasão golpista às sedes dos Três Poderes.

O ministro alegou que os arquivos não poderiam ser divulgados para preservar as investigações criminais em andamento no próprio STF Como mostrou o Estadão, apesar de o Palácio do Planalto, o Congresso e também o Supremo terem entregue as imagens gravadas no dia dos atos extremistas, Dino alegava não poder fazê-lo por impedimento legal.

Na quinta-feira, 3, Dino enviara ofício à CPMI insistindo que não podia atender ao pedido.

"O envio de documentos por esta pasta diretamente ao Poder Legislativo é impossível e poderá resultar no descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal e comprometer investigações, gerando possível responsabilização deste remetente", escreveu Dino.

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