INVESTIGAÇÃO

Caso das joias: depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, acaba após mais de nove horas

Mauro Cid falou à PF na investigação sobre a suposta venda ilegal de presentes de governos estrangeiros ao então presidente Jair Bolsonaro

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Amanda Azevedo

Publicado em 31/08/2023 às 21:58 | Atualizado em 01/09/2023 às 14:40
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Com Estadão Conteúdo

O depoimento do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, sobre a suposta venda ilegal de presentes de governos estrangeiros durou mais de nove horas, nesta quinta-feira (31).

Segundo apuração do G1, a colaboração de Cid avançou após os interrogatórios desta quinta-feira. Ele e o pai, Mauro Cesar Lourenna Cid, foram questionados sobre informações extraídas dos celulares do próprio general e do advogado Frederick Wassef. 

Além de Cid e seu pai, foram interrogados pela PF Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten e os assessores do ex-presidente Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti.

Bolsonaro e Michelle usam prerrogativa do silêncio no depoimento sobre as joias

Bolsonaro chegou à sede da Polícia Federal em Brasília às 10h40. Com ele, estavam Michelle Bolsonaro e Fábio Wajngarten.

Bolsonaro e Michelle seguiram com a estratégia de ficar em silêncio no depoimento, utilizando uma prerrogativa permitida em lei, assim como Wajngarten.

O argumento de Bolsonaro e Michelle para se manter em silêncio é de que o Supremo Tribunal Federal (STF), que acompanha as investigações da PF e autoriza operações, não seria competente para o caso. A defesa diz que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou pelo "declínio da competência" sobre o caso, remetendo os autos para a 6ª Vara Federal de Guarulhos.

Os depoimentos foram marcados de forma simultânea, uma estratégia utilizada pela Policia Federal para evitar a chance de uma combinação de versões entre os investigados.

A Polícia Federal quer saber de Bolsonaro e seus aliados de primeira hora sobre os principais achados da Operação Lucas 12:2, que colocou o ex-chefe do Executivo no centro de uma investigação sobre supostos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.


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