Água Preta

Primeira-dama de Água Preta participa das solenidades da Independência no lugar do marido detido na última terça

Dani Lyra até o momento não deu declarações sobre a prisão do marido

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Tainá Alves

Publicado em 08/09/2023 às 14:23 | Atualizado em 08/09/2023 às 14:53
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A solenidade de 7 de setembro no município de Água Preta, na zona da Mata Sul, ocorreu de maneira diferente, por causa da prisão do prefeito da cidade Noé Magalhães (PSB), a primeira-dama, Dani Lyra, realizou o hasteamento da bandeira. O gestor foi detido na última terça-feira (5) em Boa Viagem na zona sul do Recife. Ele é acusado de integrar uma quadrilha especializada em crimes de corrupção, fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e agiotagem.

Magalhães foi preso durante a segunda fase da Operação Dilúvio da Polícia Federal (PF). As investigações comprovaram que dois filhos maiores de idade do prefeito estavam vinculados no esquema, eles eram utilizados para dificultar a localização dos patrimônios. Na tarde da terça-feira Noé Magalhães passou por audiência de custódia, porém ficou decidido que deveria continuar no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima na RMR.

A primeira-dama, também Secretária de Desenvolvimento Social do município hasteou a bandeira do Brasil em frente à prefeitura ao lado do presidente da Câmara Municipal, o vereador Miruca (PSB) e do pároco, Agivaldo Lessa. Dani Lyra até o momento não deu nenhuma declaração sobre a prisão do marido.

Entenda o caso

Na primeira fase foram realizadas busca e apreensão na sede da prefeitura da Água Preta, em imóveis do prefeito Noé Magalhães, no escritório dele em Palmares e em um posto de combustível. As investigações apontaram que o prefeito teria contratado urgentemente uma empresa para prestar serviço de manutenção preventiva dos veículos da prefeitura. O fato da organização ser situada a mais de 110 km de Água Preta chamou atenção durante a apuração da PF.

A PF afirma que existem indícios de relações pessoais entre o prefeito e o proprietário dessa empresa.
De acordo com delegado da Policia Federal, Márcio Tenório, a a segunda fase foi deflagrada a partir da análise da anterior. "A prisão do primeiro investigado decorre de atos a partir da deflagração da primeira fase em maio desse ano e dizem respeito tentativas de obstrução da justiça comprovadas após o dia 23 de maio", destacou.

Participaram da operação 40 policiais federais, servidores da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União. No total foram sete mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, na região metropolitana de Recife (RMR) e no município de Palmares na Zona da Mata Sul do Estado. As penas máximas para os crimes investigados de acordo com a nota da PF são de 40 anos de reclusão.

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