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Aliados de Tarcísio veem vantagem com Republicanos no governo Lula

Apesar de Tarcísio ser cria política do ex-presidente Jair Bolsonaro, o grupo do governador espera que a substituição amplie o canal de comunicação com a pasta

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Estadão Conteúdo

Publicado em 09/09/2023 às 8:36
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A troca de comando do Ministério de Portos e Aeroportos, que sairá das mãos de Márcio França, do PSB, para as do deputado federal Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE), deixou aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, otimistas.

Apesar de Tarcísio ser cria política do ex-presidente Jair Bolsonaro, o grupo do governador espera que a substituição amplie o canal de comunicação com a pasta, principalmente em temas relacionados à gestão do Porto de Santos.

Tanto no entorno de Tarcísio quanto entre aliados de Lula, a avaliação é de que França causava tensões desnecessárias por se tratar de um rival regional de Tarcísio. Auxiliares do governador não descartam uma indicação para o próximo presidente da Autoridade Portuária. O cargo atualmente é exercido pelo advogado Anderson Pomini, braço direito de França.

Esta semana, Márcio França usou suas redes sociais para falar de sua saída do governo e demonstrar desconforto com a abertura de espaço na gestão petista para aliados do governador de São Paulo Ex-prefeito de São Vicente, na Baixada Santista, França tem influência na região.

PRIVATIZAÇÃO DO PORTO DE SANTOS

No entanto, aliados de Tarcísio não esperam reverter decisões sobre temas nos quais consideram o governo federal irredutível, a exemplo da privatização do porto e da realização da ligação seca de Santos ao Guarujá com recursos públicos.

Quando era ministro da Infraestrutura, Tarcísio incluiu a obra, com valor estimado em R$ 5,4 bilhões, como uma contrapartida a ser cumprida pela empresa que passasse a operar o porto. Na visão de Lula, tal solução geraria um custo elevado no pedágio que será cobrado dos motoristas.

O túnel de 860 metros de extensão vai passar por baixo do estuário do porto e foi incluído no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para ser financiado com recursos públicos. A gestão de França defendia que parte do valor do projeto fosse custeado com os R$ 2,5 bilhões que a Autoridade Portuária tem em caixa.

Futuro ministro, Costa Filho já garantiu a Lula que seguirá a orientação do governo federal nos temas relativos à pasta. Auxiliares de Tarcísio de Freitas dizem que, apesar de ser um lulista, o parlamentar pode atender a pedidos do governador devido à filiação partidária comum. Também comemoraram a decisão do Republicanos de afastá-lo da direção partidária e manter a posição de independência em relação ao Planalto.

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