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STF julga em sessão histórica primeiros acusados de atentado à democracia em 8 de janeiro

Os primeiros réus pelo episódio de depredação dos prédios dos três poderes vão a julgamento nesta quarta-feira

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Estadão Conteúdo

Publicado em 13/09/2023 às 8:53 | Atualizado em 13/09/2023 às 18:45
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Os ministros do Supremo Tribunal Federal começam os primeiros julgamentos de golpistas denunciados como 'executores' dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando radicais invadiram e depredaram as dependências das sedes dos três Poderes.

AO VIVO JULGAMENTO DOS RÉUS POR TENTATIVA DE GOLPE EM 8 DE JANEIRO

As sessões extraordinárias convocadas pela presidente Rosa Weber para análise das acusações prometem ser emblemáticas - o colegiado, por diversas oportunidades, repudiou o levante que devastou em especial a sede da Corte máxima.

Neste primeiro momento, o STF vai decidir se condena ou não os réus Aécio Lúcio Costa Pereira, Thiago de Assis Mathar e Moacir José dos Santos. Eles são apontados como depredadores dos prédios do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.

QUEM SÃO OS PRIMEIROS RÉUS PELA TENTATIVA DE GOLPE DO 8 DE JANEIRO?

Aécio, Thiago e Moacir foram denunciados pelos crimes de prática de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Moacir é apontado como um dos 'agentes que seguiram para o Palácio do Planalto, invadiram o prédio e quebraram vidros, depredaram cadeiras, painéis, mesas, obras de arte e móveis históricos, inclusive um relógio trazido ao Brasil por D. João VI em 1808, rasgaram uma tela de autoria de Di Cavalcanti, destruíram carpetes e outros bens, inclusive com emprego de substância inflamável'.

Já Aécio, segundo a Procuradoria-Geral da República, invadiu o Congresso Nacional e 'passou a quebrar vidraças, espelhos, portas de vidro, móveis, lixeiras, computadores, totens informativos, obras de arte, pórticos, câmeras de circuito fechado de TV, carpetes, equipamentos de segurança e um veículo Jeep Compass, acessando e depredando espaços da Chapelaria, do Salão Negro, das Cúpulas, do museu, móveis históricos e a queimar o tapete do salão verde da Câmara dos Deputados, empregando substância inflamável'.

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