Reforma ministerial é importante para manter a governabilidade, afirma Alckmin
Mesmo com a substituição de mulheres por homens no comando do Turismo e do Esporte, Alckmin acredita que o ministério conta com grande presença feminina
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, defendeu a entrada do Republicanos e do PP no governo. "É importante a governabilidade. Infelizmente, nós temos 30 partidos e 20 com representação no Congresso Nacional", afirmou, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, exibida pela GloboNews na noite da quarta-feira, 13. "Eu defendo a reforma política. Você ter menos partidos, partidos mais programáticos, mais claros. Agora, enquanto isso não ocorre, você precisa ter governabilidade."
Mesmo com a substituição de mulheres por homens no comando do Turismo e do Esporte, Alckmin acredita que o ministério conta com grande presença feminina.
"São momentos. Vai ter um momento em que vai ter uma possibilidade de nomear uma mulher preparada, capacitada, com liderança, e vai fazê-lo", afirmou o vice-presidente, que não descartou a possibilidade de uma mulher ser indicada para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) a ser aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. "Se tiver o nome, jurista, com formação e experiência, seria ótimo."
PRISÃO DE BOLSONARO CABE AO PODER JUDICIÁRIO
Alckmin disse ainda que uma eventual prisão de Jair Bolsonaro (PL) por ataques ao processo eleitoral é uma decisão que cabe ao Poder Judiciário, mas não poupou críticas ao ex-presidente. "É lamentável que a gente tenha um presidente que atenta contra a Constituição, que fez campanha para desmoralizar a Justiça eleitoral. Foi eleito pela urna eleitoral, o filho foi eleito senador, o outro filho foi eleito deputado, o outro filho foi eleito vereador, e a urna é falsa? É inacreditável isso."
VOLTA AO PALÁCIO DOS BANDEIRANTES
Em relação ao futuro na política, Alckmin descartou voltar ao Palácio dos Bandeirantes. "Não pretendo [disputar] o governo de São Paulo [em 2026]. Eu já fui quatro vezes governador de São Paulo", afirmou o vice-presidente, que governou o Estado entre 2001 e 2006 e entre 2011 e 2018.