LESA PÁTRIA

Ação da PF vasculha endereço de general investigado no 8/1

Ridauto foi diretor de Logística do Ministério da Saúde durante o governo Jair Bolsonaro

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Estadão Conteúdo

Publicado em 29/09/2023 às 22:42
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A Polícia Federal deflagrou ontem a 18.ª fase da Operação Lesa Pátria e cumpriu mandado de busca e apreensão contra o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, investigado por suspeita de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro. Agentes vasculharam um endereço do militar em Brasília. A ordem foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda determinou o bloqueio de ativos e valores do investigado.

 

Ridauto foi diretor de Logística do Ministério da Saúde durante o governo Jair Bolsonaro. Ele foi nomeado pelo hoje deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) em janeiro de 2021. Em meio à pandemia de covid-19, o militar defendeu medidas como "intervenção federal" e estado de "defesa ou de sítio".

O militar é investigado em uma das linhas da apuração da PF que visa identificar suposta atuação de militares no início das invasões às sedes dos três Poderes. Os investigadores suspeitam que ele pode ter sido um dos idealizadores da ofensiva antidemocrática.

Permanente, a Operação Lesa Pátria apura os crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

BRAGA NETTO

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro desmarcou o depoimento do ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, general da reserva Walter Braga Netto. É a segunda vez que a oitiva do militar é cancelada. A decisão foi do presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA).

Braga Netto era esperado para prestar depoimento no dia 5 de outubro. Maia, porém, decidiu cancelar a convocação do ex-ministro e marcar a oitiva do sargento da Polícia Militar do Distrito Federal Beroaldo José de Freitas Júnior.

O PM estava na cúpula do Congresso no dia dos ataques golpistas. Ele e a soldado Marcela da Silva Morais Pinno foram arremessados de uma altura de três metros pelos extremistas. Os dois foram promovidos pelo governo do DF por ato de bravura.

 

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