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Polícia Civil divulga detalhes da operação envolvendo vereadores de Caruaru

As investigações iniciaram em março com o objetivo de identificar uma associação criminosa voltada à prática do crime de falsidade ideológica

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Cadastrado por

Tainá Alves

Publicado em 24/10/2023 às 12:01 | Atualizado em 24/10/2023 às 12:03
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Na última sexta-feira(20) a Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, uma operação da qual os vereadores do município de Caruaru, Bruno Lambreta (PSDB), Leonardo Chaves (PSDB), Kátia da Rendeiras (Republicanos), Galego de Lajes (MDB) e mais quatro servidores da câmara da cidade foram alvos.  

As investigações iniciaram em março deste ano, com o objetivo de identificar uma associação criminosa voltada à prática do crime de falsidade ideológica. A operação Secundus cumpriu oito mandados de busca e apreensão na Câmara de Vereadores de Caruaru, na residência dos quatro vereadores e de dois servidores do legislativo municipal.

No inicio da noite desta segunda-feira (23), a Polícia Civil divulgou um texto com detalhes do caso. De acordo com o comunicado foram apreendidos 11 CPUs, dois notebooks, três HDs, um cartão de memória, oito celulares, seis pendrives e vários documentos. Todo material recolhido está sendo analisado para definir o próximo passo das investigações. 

Os vereadores alvos da operação foram os membros da mesa diretora da câmara de vereadores de Caruaru, o presidente Bruno Lambreta, o 1º secretário, Leonardo Chaves e o 2º secretário da Casa, Galego de Lajes, a parlamentar Kátia das Rendeiras que já havia sido presa em outra operação.

No mesmo dia a Câmara divulgou uma nota informando que os acusados colaboraram durante a busca e apreensão realizada nesta manhã.

"Reiteramos nosso compromisso com a integridade, a transparência e com o bem-estar da população de Caruaru. Permanecemos à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos adicionais", diz trecho da nota.

Na apuração e execução dos mandatos participaram 50 oficiais, entre policiais civis, delegados, agentes e escrivães, sob comando do Delegado Jeová Miguel, Titular da 3ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção - 3ª DECCOR, unidade integrante do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO).

Histórico

A polícia também divulgou um histórico do caso, informando que no dia 17 de setembro de 2021, um homem realizou uma live nas suas próprias redes sociais, para informar que uma assessora de uma vereadora da Câmara de Caruaru seria uma funcionária "fantasma". Na época a assessoria da parlamentar, afirmou que a servidora, em questão, havia sido exonerada no dia 31 de agosto daquele ano.  

Porém na deflagração da operação Primus em março de dente ano, foi possível ter acesso à informações que, possivelmente, comprovam que o ato administrativo de exoneração e nomeação foram falsificados.

Além disso, ao longo da investigação surgiram novas provas com indícios de que os investigados em associação criminosa praticaram o crime de falsidade ideológica.

A vereadora Kátia das Rendeiras e o e o assessor político Mateus Lúcio  foi presa durante essa operação, em março, investigava associação ao crime de peculato e o esquema de "rachadinha". A parlamentar voltou as atividades em 25 de agosto, quando a justiça revogou a prisão domiciliar, após audiência de instrução.

Sobre o caso da última sexta-feira(20) a equipe jurídica da vereadora Kátia emitiu uma nota em defesa da parlamentar, afirmando que ela se surpreendeu com a busca em sua residência, mas que permanece tranquila, pois não possui envolvimento com atividades ilícitas.

 

 

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