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Teste da urna eletrônica do TSE inicia na próxima segunda-feira (27)

Teste da Urna é uma das fases mais relevantes de desenvolvimento dos sistemas eleitorais

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JC

Publicado em 20/11/2023 às 14:17 | Atualizado em 20/11/2023 às 14:21
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Falta uma semana para a 7ª edição do Teste Público de Segurança da Urna (TPS). Este ano, o evento acontece de 27 de novembro a 1º de dezembro, em uma sala localizada no 3º andar do edifício-sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF).

O Teste da Urna é uma das fases mais relevantes de desenvolvimento dos sistemas eleitorais, porque é por meio dele que são coletadas sugestões de melhorias apresentadas por especialistas em tecnologia de fora da Justiça Eleitoral.

Todos os eventos realizados desde 2009 – ano de estreia – até o momento trouxeram significativas contribuições para o sistema eleitoral brasileiro. Para relembrar os principais acontecimentos, o Portal do TSE publica a websérie #Esquenta Teste da Urna, que reunirá um total de seis reportagens ilustrativas que narram os destaques do TPS.

Teste da Urna 2023

Sabe aquela velha história de que a urna eletrônica não pode ser auditada? Pois é. O Teste da Urna está aí para comprovar que essa informação não é verdadeira. E tem mais: além de fazer uma avaliação completa da segurança do equipamento, investigadoras e investigadores podem inspecionar o código-fonte em duas ocasiões.

A primeira fase de análise da codificação no Teste de 2023 já passou – foi entre os dias 9 e 20 de outubro – e serviu para que os participantes pudessem buscar elementos para subsidiar os planos de testes que serão executados durante o evento.

A segunda oportunidade será na semana do Teste da Urna. Isso mesmo: de 27 de novembro a 1º de dezembro, as pessoas inscritas também poderão consultar o conjunto de comandos a qualquer momento em computadores instalados no ambiente da testagem.

Aprimoramentos

Para barrar a ofensiva, a equipe de Tecnologia da Informação do TSE fortaleceu a proteção da chave do SIS, reduziu o conjunto de arquivos gerados pelo Gedai-UE e passou a usar, nas estações de trabalho da Justiça Eleitoral, o chip de segurança Trusted Platform Module (TPM), que fortaleceu os mecanismos de assinatura digital e criptografia no processo de preparo das urnas para as eleições.

As duas evoluções impedem qualquer tentativa de a) controle indevido do aplicativo e b) geração de configurações manipuladas para o equipamento.

5ª edição - 2019

Em 2019, o TPS completou uma década de existência, com importantes evoluções incorporadas às urnas eletrônicas antes das Eleições Municipais de 2020.

Os dez participantes da 5ª edição do Teste da Urna passaram cinco dias no edifício-sede do TSE. De 25 a 29 de novembro de 2019, durante 40 horas de intensa atividade, foram colocados em prática 14 planos de teste com um objetivo em comum: avaliar a segurança do conjunto de hardwares (peças físicas) e softwares (programas) que integram a urna eletrônica modelo 2015.

Como normalmente ocorre em todo TPS, diversas barreiras de segurança que estão presentes na data da votação foram removidas para facilitar a ação das pessoas inscritas, que puderam, inclusive, desmontar o equipamento para conhecer os componentes internos e externos de maneira mais aprofundada.

Peritos utilizam técnica da engenharia reversa para acessar disco

Um grupo composto por peritos da Polícia Federal utilizou uma técnica de engenharia reversa para acessar um disco criptografado do Subsistema de Instalação e Segurança (SIS), onde são instalados os sistemas eleitorais na plataforma que apoia a preparação das urnas.

A partir disso, controlaram o Gerenciador de Dados, Aplicativos e Interface da Urna Eletrônica (Gedai-UE) e fizeram com que a aplicação gerasse um arquivo de configuração manipulado para o equipamento. Apesar de ter sido parcialmente bem-sucedida, a investida não alcançou o software da urna, nem adulterou dados de eleitores e de candidaturas.

 

 

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