Arco Metropolitano será licitado no primeiro trimestre de 2024, adianta Raquel Lyra, em debate na Rádio Jornal

Obras de infraestrutura, como o Arco Metropolitano, vão preparar Pernambuco para disputar empreendimentos quando não houver mais incentivos fiscais

Publicado em 06/12/2023 às 16:04 | Atualizado em 22/10/2024 às 18:30

Na perspectiva de lançar um olhar para o futuro, a governadora Raquel Lyra (PSDB) comentou durante participação no debate da Rádio Jornal nesta quarta-feira (6), a importância de dotar Pernambuco de infraestrutura para garantir a atração de investimentos. Questionada sobre a polêmiica para garantir a renovação dos benefícios fiscais para o Polo Automotivo de Pernmabuco, que tem a Stellantis como âncora, ela destacou que é preciso realizar hoje para estar bem posicionado amanhã. 

A Stellantis conseguiu a manutenção dos benefícios fiscais até 2032, mas é necessário oferecer outros fatores de competitividade para garantir a permanência da empresa no Estado. Um desses trunfos é a entrega do Arco Metropolitano. "Na próxima quarta-feira (13), provavelmente estará em discussão e em votação na Câmara dos Deputados a renovação dos incentivos para a Stellantis. Isso significa garantir novos investimentos em Pernambuco. E eu vou estar lá (em Brasília) para acompanhar a votação", afirma. 

A governadora lembra que a prorrogação dos incentivos para o setor automitivo vai garantir investimentos da ordem de R$ 10 milhões pela Stellantis, gerando mais emprego e produzindo tecnologia. Quando se encerrar os incentivos, Pernambuco precisa estar em outro patamar para competir com os demais estados do País. Além de melhorar o ambiente de negócios, Raquel aponta as obras de infraestrutura que serão realizadas. 

ARCO METROPOLITANO EM 2024

"Vamos lançar o Arco Metropolitano. Era para ser em dezembro, mas vai ficar no primeiro trimestre do ano que vem. A obra tem valor de  R$ 1,3 bilhão, sendo 650 milhões nosso e R$ 650 milhões do governo federal. Será licitado aquele trecho que sai da BR-232 e vai até o Cabo de Santo Agostinho", destaca. 

O trecho a que a governadora se refere é o Lote 2, conhecido como trecho Sul, que compreende 27 km ligando o Cabo de Santo Agostinho à BR-232 e, de lá, segue até a BR-408, na altura do município de e Paudalho. É considerado o trecho mais simples e com menos polêmica do Arco Metropolitano. O Lote 1, que liga Paudalho a Goiana (Mata Norte do Estado) é marcado por divergências, porque corta a área de proteção ambiental Aldeia-Beberibe (APA Beberibe). Para esta etapa ainda está em discussão alternativas de traçado. 

No total, o Arco Metropolitano será uma rodovia duplicada com 65 km, que liga o Norte ao Sul da Região Metropolitana do Recife e municípios da Zona da Mata. 

PERNAMBUCO MENOS COMPETIVO

Para além da infraestrutura, a competitividade é outro diferencial que preocupa a governadora. Durante o debate ela citou um relatório do Banco Mundial em que Pernambuco aparece como o Estado menos competitivo do Brasil, com o ambiente de negócios mais desafavorável para um empresário investir. 

Diante desse dado ela afirma que a gestão foi analisar item por item e promoveu uma série de mudanças na legislação, em normas e procedimentos com foco na desburocratização. "Não queremos tratar o empresário ou o empreendedor como bandido, com viés muito mais punitivo do que o de alguém que quer trazê-lo para junto e investir no Estado", analisa. A governadora também destaca o programa de regularização tributária da sua gestão, que inclui impostos como ICMS e IPVA, com parcelamento e redução de juros e multas para tirar as pessoas e empresas da inadimplência. 

 

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