"É importante fazer um debate interno para conversar com as frentes aqui do Recife e consolidar essa aliança", disse João Campos sobre articulação com o PT

Nesta quinta-feira (14) o prefeito do Recife, João Campos (PSB), participou do programa Debate em Rede na Rádio Jornal. No encontro ele realizou um balanço sobre o ano de 2023 abortando vários temas, entre eles foram mencionados a aliança em o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Partido dos Trabalhadores (PT). 

Existem especulações que o PT articula para que o candidato à vice-prefeito da chapa de João Campos seja do partido, mas até o momento nada foi comprovado. Caso Campos não tenha um petista na chapa poderá enfrentar uma candidatura própria do PT como nas eleições de 2020. 

ALIANÇA NACIONAL COM O PT 

Como vice-presidente nacional do PSB o prefeito da capital pernambucana destacou como aconteceu e ainda acorre a articulação nacional com o grupo petista. 

"Nós vimos uma aliança política ser construída do PSB com o PT no Brasil, que resultou inclusive na eleição do presidente Lula. Eu, como vice-presidente nacional do partido, participei de forma direta disso, onde foi feita a filiação de Geraldo Alckmin, ele foi acolhido pelo PSB indicado para ser vice do presidente Lula. Isso foi um passo fundamental para a consolidação de uma eleição completamente polarizada, como a gente viu no ano anterior, uma eleição com algo em torno de dois milhões de votos saindo em diferença. Isso representa que todo o movimento feito tem parte significativa de uma vitória", disse João Campos. 

Para ele a aliança construída no âmbito nacional demostraram um gesto de alinhamento que deveria ocorrer em todo Brasil. Mesmo com esse posicionamento Campos não revelou que seu vice será do Partido dos Trabalhadores.  

"É lógico que cada caso tem suas particularidades. Aqui quando eu conversava com o presidente Lula, após a sua eleição e antes, e nós falávamos sobre isso, sobre essa diretriz, eram as duas direções partidárias conversando", pontuou. 

ELEIÇÕES DE 2020 TEVE O PSB CONTRA O PT 

No pleito de 2020 o segundo turno foi entre João pelo Partido Socialista Brasileiro e Marília Arraes como a candidata do PT. O socialista venceu a votação com 447.913 votos e a petista recebeu 348.126 votos. A eleição de 2020 não era apenas um pleito normal, mas a disputa entre dois primos. 

João Campos revelou que em conversa com o chefe do palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mencionaram o episódio, buscando um realidade diferente em 2024. 

"Nós sabíamos que até no caso de Recife, a gente tinha disputado uma eleição contra o PT. Então, era importante fazer um debate interno onde conversamos com as frentes aqui do Recife, do Estado, para consolidar essa aliança que fosse feita de forma organizada, de forma orgânica.  Hoje contamos com o apoio de companheiros do PT dentro da nossa gestão, em um diálogo partidário importante. Então, eu diria que essa maturidade da relação nacional e isso espalhou pelos estados e pelas cidades e está sendo discutido agora, inclusive, nas alianças nacionais", disse o gestor municipal. 

JOÃO FALA SOBRE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO POLÍTICA COM O PT

Segundo o prefeito o processo eleitoral começa muito antes do ano eleitoral, pois existe muita articulação com os partidos da coligação para chegar à um consenso. 

"Essas construções políticas elas não nascem na própria eleição tem uma construção anterior. Como é o caso dessa relação que resultou na própria eleição do presidente Lula. Então, eu vejo por naturalidade esse processo de alinhamento que nós temos na cidade do Recife e é um processo que vai sendo consolidado e sempre com essa bênção nacional dos dois partidos", relatou. 

ISABELLA DE ROLDÃO

Durante o debate foi perguntado ao prefeito se ele tinha interesse em manter Isabella de Roldão (PDT) como vice-prefeita de sua chapa, no momento Campos explicou que isso fazia parte de uma decisão da coligação, elogiou a colega e não respondeu se teria interesse de manter a política no grupo.  

"Isabela é uma grande companheira, eu queria aqui inclusive elogiar a atuação que ela tem. Uma pessoa que sempre está disposta a ajudar a cidade, com boas ideias, com sensibilidade social que ela tem muito grande, e sempre se colocando de forma proativa para colaborar com o município, tanto é que nós temos uma relação extraordinária", exaltou o prefeito falando sobre a companheira de gestão. 

"Como eu disse, o tempo de montagem eleitoral, primeiro você perguntou se depender especificamente de você, num movimento de frente, de grupo, nada depende exclusivamente de uma pessoa, isso depende de um conjunto, então primeiro para você ser candidato de uma frente, você tem que ter a anuência dos partidos que estão na frente", continuou.