Alckmin diz que é preciso trabalhar pela meta de déficit primário zero em 2024
Segundo o vice-presidente é necessário fazer a economia crescer e de outro, melhorar a questão fiscal, com redução de gastos públicos, e melhorar a eficiência na arrecadação
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ao falar sobre o arcabouço fiscal, reiterou que é preciso o governo continuar a trabalhar pela meta de déficit zero ano que vem e para que nos próximos anos já possa ter pequenos superávits consecutivos.
"É uma tarefa com duas vertentes. Numa nós precisamos melhorar a relação dívida/PIB. Uma tarefa é fazer o PIB crescer. O presidente Lula, lá trás, quando pegou o País, tinha uma dívida de 70% do PIB e quando entregou o País a dívida era de 40%. Isso foi porque o PIB cresceu", observou Alckmin durante entrevista ao Canal Um da FecomercioSP à qual o Broadcast teve acesso exclusivo.
FAZER A ECONOMIA CRESCER
De acordo com o ministro, por um lado é necessário fazer a economia crescer e de outro, melhorar a questão fiscal, com redução de gastos públicos, e melhorar a eficiência na arrecadação.
"A dificuldade que se tem hoje e que não se tinha há 30 anos era que lá atrás é que tínhamos meia dúzia de partidos políticos. Quando Franco Montoro foi eleito governador de São Paulo, não teve 50% dos votos, mas como não tinha segundo turno, levou no primeiro. O MDB, que era o partido dele, em 84 deputados tinha 42. Então você governava com um partido", disse Alckmin.
"Hoje o presidente Lula teve mais de 50% dos votos, eleição em segundo turno. Os 14 partidos que o apoiaram, juntos elegeram 149 deputados em 513. Isso é falta da reforma política", continuou.
QUANTIDADE DE PARTIDOS DEE SER REDUZIDA
De acordo com ele, essa quantidade de partidos vai ser reduzida com o tempo porque a cláusula de desempenho vai apertando cada vez mais.
"São 30 partidos e não tem 30 ideologias, o que tem é cartório. Então tem essa dificuldade a mais, mas o presidente Lula tem dialogado e vamos avançando", ponderou o ministro e também vice-presidente da República.
Para Alckmin, não é fácil, mas pode se chegar ao déficit zero no ano que vem.
"A ciência econômica não é absoluta. Os melhores economistas e instituições do País diziam que o País ia crescer menos de 1% este ano e vamos crescer quase 3%. Então você tem muitas questões que não controla. Por isso você tem que ter a meta. Tem um conjunto de fatores que ninguém consegue adivinhar", avaliou Alckmin acrescentando que se ocorrer um boom de commodities, por exemplo, o Brasil pode até ultrapassar a meta fiscal. "Mas temos que ter como meta zerar o déficit porque isso é importante até para a política monetária", disse.