TRE-PE é pioneiro no uso de Inteligência Artificial nas eleições, diz diretor geral do tribunal
Durante as eleições de 2022 o TRE-PE fez uso da IA para analisar publicações no antigo Twitter
O primeiro turno das eleições 2024 irá ocorrer no dia 6 de outubro e para falar sobre a corrida eleitoral, modernização, tecnologia e Inteligência Artificial (IA), o Dr. Orson Lemos, diretor geral do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) , participou do programa Debate em Rede da Rádio Jornal, nesta segunda-feira (15).
A votação deste ano busca eleger prefeitos, vices-prefeitos e vereadores em todos os municípios do país. Em Pernambuco diversos municípios já têm pré-candidatos e muita agitação entre os políticos e seus apoiadores.
O primeiro ponto mencionado por Lemos na conversa foi referente a resolução 23.610 que é voltada para as propagandas na internet. Segundo o diretor com a IA as propagandas pela internet podem causar conflitos durante a corrida eleitoral.
"Vamos ter muitas coisas novas referentes ás ferramentas e proibições com respeito IA. É algo assim que para mim vai ser sempre uma busca, você nunca vai conseguir fazer uma norma que esteja atualizada com a nova ferramenta da internet", explicou.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO TRE-PE
O diretor geral revelou que deste as eleições de 2022 eles tem o apoio da inteligência artificial para executar algumas tarefas. Tornando o TRE-PE pioneiro no uso desse tipo de tecnologia à favor do órgão.
"Em 2022 nós fomos caladinho fizemos um convênio federal para ter um robô. Nós temos um robô em ação no dia a dia. Esse robô ele bota o que eu quiser, procura o que eu quiser", explicou o Dr. Orson Lemos.
De acordo com ele, as pessoas que realizavam publicações no "X", o antigo Twitter, falando mal do tribunal, recebiam uma notificação, pois o rôbo identificava esse tipo de pots.
BLOQUEIO DA ENTRADA NO SISTEMA "X"
Lemos revelou que com a mudança de dono do Twitter houve o bloqueio da entrada do robê do tribunal para busca de dados. A partir do momento que a rede social passou a se chamar "X" passou a ser cobrado um valor para que se conseguisse acesso as informações.
"Nas reuniões com TSE eu pedi que eles interfiram para poder permitir que o robô possa entrar nesses tipos de sistemas. Cobrar uma fortuna do serviço público, parar permitir o acesso, não faz sentido. Nós já temos ferramentas só precisamos dessa união para concluir. Ninguém pode cobrar a identidade pública porque nós ao entrarmos lá, nós vamos poder ajudar. E poder dizer isso aqui é fake ou verdadeiro", explicou.
O diretor também detalhou que o Tribunal Superior Federal tem interesse no tipo de atividade desenvolvida pelo robô. O sistema e o robô foi através de uma parceria entre o TRE e o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).