Ministro do TST lança livro "A Santificação do Trabalho", no Recife
O exemplar aborda a presença da religiosidade nas atividades profissionais
O ministro do Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, lança nesta sexta-feira (26), às 19h, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, o livro "A Santificação do Trabalho - O ideal de excelência numa perspectiva Cristã. Em entrevista no programa Passando Limpo da Rádio Jornal o ministro destacou alguns pontos do exemplar.
O evento acontece no Hotel Radisson Recife e para participar é necessário realizar inscrição no site: https://livrosmolokai.com.br/lancamento-recife-a-santificacao-do-trabalho/
Gandra destacou que principal objetivo da obra é mostrar como qualquer "atividade profissional pode permitir encontrar Deus e a partir desse trabalho profissional você encontra o caminho de um aperfeiçoamento pessoal", sendo assim a "Santificação do Trabalho".
"A santificação do trabalho tem uma influência muito grande na nossa vida. Teve uma influência muito grande na vida dos meus pais, dos meus irmãos e na minha própria vida. Depois de muitos anos eu quis por um pouquinho dessa experiência no papel", disse o ministro.
COMO COMEÇOU A EXPERIÊNCIA
Segundo Ives Gandra a metodologia de buscar a santificação no oficio surgiu ao conhecer a história de São Josemaría Escrivá de Balaguer, que era um sacerdote espanhol da Igreja Católica. O padre criou o Opus Dei que possui o objetivo de "elevar a Deus toda realidade criada, com a ajuda da graça, para que Cristo reine em todos e em tudo; conhecer Jesus Cristo, torná-lo conhecido, levá-lo a todos os lugares", que é mantra seguido pelo ministro.
"A ideia surgiu há anos, quando eu conheci um santo que foi canonizado pela igreja católica em 2002, São Josemaría Escrivá e o Carisma dele foi justamente mostrar que todas as pessoas de qualquer profissão, qualquer atividade poderiam encontrar Deus no seu trabalho profissional", explicou.
Santificar-se no trabalho significa adquirir qualidades, virtudes e ir me transformando numa pessoa melhor. Um trabalho meu deve ser um serviço aos outros. Eu posso aproximar os outros de Deus através do meu trabalho", frisou o ministro.
ENTREGADORES E MOTORISTAS DE APLITCATIVOS
Em um momento da conversa com o ministro Ives Gandra foi abordada a situação dos entregadores e motoristas por aplicativo, pois de acordo com a Justiça do Trabalho essas pessoas devem ser consideradas funcionárias dessas plataformas e já o TST afirma que não existe uma relação empregatícia nesses casos.
"Os entregadores e motoristas que usam plataformas digitais para obter trabalho no entendimento do Supremo e o meu entendimento pessoal não há relação de emprego, porque se você perguntar a maior parte daqueles que são por exemplo o motoristas de Uber querem ter vínculos empregatícios com a plataforma", explicou.
"Neste sentido nós temos a característica de um trabalho autônomo, ou seja, ele escolhe quando vai trabalhar, ele escolhe se vai pegar ou não vai pegar a corrida. O profissional se organiza de tal forma que não tem essa subordinação. A pessoa tem essa essa maior liberdade tanto que um servidor do meu gabinete ele trabalhava de manhã e a tarde iria corrida tá fazendo", frisou o ministro do TST.
Porém Gandra alertou que os motoristas e entregadores de aplicativos precisam que essas plataformas garantam os direitos da Previdência Social.
"A empresa deda plataforma digital teria que garantir que esse trabalhador estaria inscrito, como é contribuinte autônomo da Previdência Social. E explicassem: 'Nós vamos pagar a nossa parte e o trabalhador paga conta dele'", destacou.