Senadora Teresa Leitão e deputada Iza Arruda debatem sobre o protagonismo da mulher no poder público
As políticas participaram de um debate na Rádio Jornal, na manhã desta sexta-feira (8)
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Rádio Jornal promoveu um debate sobre o protagonismo feminino no poder público. A senadora Teresa Leitão (PT) e a deputada federal Iza Arruda (MDB), participaram do programa falando sobre suas experiências.
O primeiro ponto a ser discutido durante a entrevista foi a representatividade da mulher em cargos políticos.
Iza defende que as adolescentes e mulheres acompanhem disputas e façam partes de debates, para que no futuro mais mulheres estejam a frente de mandatos.
"A política do estado de Pernambuco temos uma senadora da República, três mulheres como deputadas federais. Uma governadora e uma vice-governadora. As mulheres precisam saber que também podem ter condições de estar lá no Parlamento de estar no Poder Executivo na vereança", disse a deputada.
"Hoje nós estamos aqui porque muitas mulheres passaram lá atrás, muitas mulheres deram oportunidade para que nós estivéssemos hoje aqui", continuou Iza Arruda.
MULHERES NA POLÍTICA
Segundo dados apresentados pelo Estadão um quadro de grande desigualdade é o fato de o Brasil ser o 133.º colocado no ranking de presença feminina no Parlamento, atrás de países como Bolívia e Senegal.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aponta que 52% do eleitorado brasileiro é formado por mulheres, porém na representação política a quantidade de homens ainda é predominante.
Em Pernambuco resultados das eleições de de 2022 temos apenas três deputadas federais em uma bancada de 25 parlamentares: Maria Arraes (Solidareidade), Clarissa Tércio (PP) e Iza Arruda.
Já na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) temos dos 49 deputados, porém só seis são mulheres: Dani Portela (PSOL), Débora Almeida (PSDB), Gleide Ângelo (PSB), Rosa Amorim (PT), Simone Santana (PSB) e Socorro Pimentel (União.)
Por outro lado Pernambuco elegeu pela primeira vez uma chapa feminina para governar o Estado com Raquel Lyra (PSDB) e Priscila Krause (Cidadania), e uma senadora, Teresa Leitão.
'A POLÍTICA DESAFIA MULHERES'
Teresa Leitão destacou que ser a primeira mulher Senadora da história de Pernambuco traz uma carga de representatividade, e ela afirma que o Estado "rompeu tabus".
Entretendo, a senadora também apontou os desafios que ainda estão presentes na jornada da mulher na política.
"Esse fazer coletivo da política eu acho que nós mulheres temos mais predisposição para fazê-lo, porque a atuamos muito em rede, na cumplicidade, na divisão. O mundo da política nos desafia inclusive a enfrentar isso porque ele não foi feito por nós nem para nós o Modus operandi do mundo da política é a maneira como os homens acham que a política deve ser feita", destacou a senadora.
"A marcha é lenta, o crescimento é lento, mas ele não tem volta. Nós não vamos sair desse espaço que conquistamos a duras penas. A tendência é ampliar", disse Teresa.
'NÓS NÃO SOMOS CONTRA OS HOMENS, NÓS SOMOS A FAVOR DAS MULHERES'
A deputada Iza Arruda, fez questão de justificar que não existe uma guerra das mulheres na política ou em qualquer outro lugar contra os homens.
"Nós não somos contra os homens, nós somos a favor das mulheres. Isso não é uma luta, nos não estamos numa Guerrilha. Não é uma disputa, é para que a gente realmente possa ter paridade e equidade para que possamos começar a ocupar esses espaços", explicou a parlamentar.
Sobre a equidade voltada para os salários entre homens e mulheres a senadora Teresa Leitão falou sobre o projeto lei em tramitação.
"O projeto ele prevê passos nesta semana se encerra o prazo para a entrega dos entes privados, pelas empresas do patamar de salário a igualdade não a igualdade. Qual é o tamanho da disparidade 10% 20% 50% para o exercício do mesmo cargo", disse Teresa que foi relatora do projeto que deve continuar sendo discutindo na próxima quarta-feira (13).
"Já no setor público, isso não existe porque o provimento é por concurso por seleção simplificada. Essa igualdade que existe no setor público é uma dificuldade de ascensão das mulheres para cargo de comando de comando", continuou a senadora.