ENTREVISTA

Redução da burocracia em emergências não pode abrir espaço para corrupção, aponta ministro da CGU

Em entrevista à Rádio Jornal, Vinícius de Carvalho comentou sobre papel do órgão federal no contexto da catástrofe do Rio Grande do Sul

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Emannuel Bento

Publicado em 15/05/2024 às 14:02 | Atualizado em 15/05/2024 às 23:43
Notícia

A ação do poder público precisa ser rápida e eficiente no contexto da catástrofe climática no Rio Grande do Sul. A Controladoria-Geral da União (CGU) tem trabalhado para que a "aplicação de recursos ocorra da maneira correta", de acordo com Vinícius de Carvalho, ministro do órgão federal, em visita ao Recife.

Ele esteve na capital para um evento do Sindicato dos Servidores da CGU, visita a sede estadual da CGU e acompanhamento de atividades que envolvem políticas públicas do governo federal em Pernambuco.

A fala sobre o papel do órgão nas ações do Rio Grande do Sul foi dada durante entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (16).

'Perspectiva de prevenção'

"É importante que a burocracia, evidentemente, não atrapalhe a chegada desses recursos. Mas, a gente também tem que fazer com que esses recursos sejam aplicados da maneira correta, para que essa 'redução' das burocracias não gere espaço para ter mais corrupção", disse Vinícius de Carvalho.

O ministro afirma que o país precisa de um 'novo marco legal' para lidar com as emergências climáticas. "Talvez um decreto de calamidade ou de emergência ainda não sejam suficientes para lidar com essa situação. Temos que olhar muito da perspectiva da prevenção, para que os municípios criem critérios de identificação."

Carvalho relembrou que já existe uma relação dos municípios com maiores riscos de tragédias, de acordo com características geográficas e episódios passados. "No Estado de Pernambuco, por exemplo, tenho 66 municípios monitorados pela análise de riscos de deslizamentos. No fundo, a prevenção é o melhor caminho."

Transparência

Vinícius de Carvalho também ressalta que a CGU pode colaborar no aumento da transparência e do acesso à informação, detalhes necessários para que a população tenha consciência da importância das políticas públicas.

"São alguns detalhes que não são tão vistosos no primeiro momento, como agendas de drenagem e saneamento. São obras importantes para a prevenção, por exemplo. É importante que a população tenha acesso às informações reais e com atualização, fazendo com que as pessoas participem e entendam a importância da destinação dos recursos para ações específicas."

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