ENCONTRO NA ITÁLIA

Lula diz que Brasil só participará de debate sobre paz quando Putin e Zelensky sentarem à mesa

Na avaliação do presidente, há resistência do chefe russo, Vladimir Putin, e do ucraniano, Volodymyr Zelensky, nas negociações pelo fim dos conflitos

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Estadão Conteúdo

Publicado em 15/06/2024 às 10:16
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil só participará de reuniões para discutir a paz quando a Ucrânia e a Rússia estiverem sentadas à mesa de negociação. Em sua avaliação, há ainda muita resistência do chefe russo, Vladimir Putin, e do chefe ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Lula disse ter se reunido com a presidenta da Confederação Suíça, Viola Amherd. No encontro, ela convidou o petista para participar da reunião que ocorre neste final de semana para discutir a paz.

"Disse a ela que o Brasil tinha tomado a decisão de não ir, porque o Brasil só participará de reunião para discutir paz quando os dois lados do conflito estiverem sentados à mesa. Porque não é possível você ter uma guerra com dois e achar que se reunir só com um, você resolve o problema", disse Lula, em coletiva de imprensa neste sábado, 15, na Itália.

Na avaliação do presidente, contudo, "há ainda muita resistência tanto de Zelensky como de Putin de conversar sobre a paz. "Cada um tem a paz na sua cabeça, do jeito que quer", pontuou. O brasileiro afirmou que apoia a proposta para que haja uma negociação efetiva, na esteira de convencer os dois chefes de Estado que a paz traz melhores resultados que a guerra.

"Quando os dois tiverem disposição, estamos prontos para discutir", disse. O petista afirmou que a "guerra está durando demais" e pediu que o "bom senso" tome conta da cabeça dos dirigentes.

Na fala, Lula voltou a criticar a Organização das Nações Unidas (ONU). Em sua visão, os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza são, em parte, responsabilidade do órgão. "Não tem muita veracidade", comentou Lula sobre os esforços para se chegar à paz.

Para ele, se países da ONU estivessem assumindo papel de neutralidade, "possivelmente estaríamos numa mesa de negociação". O chefe do Executivo também criticou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e disse que o israelense não quer resolver o problema da guerra.

 

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