Homenagens em Recife e Brasília marcam os 10 anos da morte do ex-governador Eduardo Campos

Sessão solene na Câmara dos Deputados e na Alepe, missa e abertura do "Ano Eduardo Campos" pelo PSB são algumas das homenagens ao ex-governador

Publicado em 07/08/2024 às 13:59 | Atualizado em 07/08/2024 às 21:53

A morte do ex-governador Eduardo Campos, em um trágico acidente aéreo em Santos (SP), completa 10 anos na próxima terça-feira (13). Para marcar a data, uma série de atividades estão programadas. As homenagens começam no sábado (10) e seguem até a quarta-feira (14.)  No sábado, quando Eduardo estaria completando 59 anos, o PSB realiza uma reunião extraordinária das Executivas Nacional e de Pernambuco para celebrar o aniversário de seu ex-presidente.

Na ocasião, será oficialmente aberto o "Ano Eduardo Campos", com o tema "60 anos - Um legado. A ideia é desenvolver várias ações, até agosto de 2025, quando o ex-governador completaria 60 anos de idade. A reunião das Executivas do PSB vão acontecer na Usina Dois Irmãos, em Apipucos, no Recife, a partir das 9h. O encontro é aberto à militância do PSB no Recife e no Interior e se estende aos partidos aliados. 

"Nossa intenção não é registrar apenas a data da morte, mas celebrar a vida de Eduardo. Ao longo deste ano, as atividades locais e nacionais do partido terão o selo do 'Ano Eduardo Campos'. Uma década se passou, mas ele permanece vivo na política de Pernambuco. As referências ao seu governo são constantes, ao seu modelo de gestão, a suas citações. Até a identidade visual das campanhas ainda é usada, com aqueles balões grandes e a letra E. Além disso, ainda tem João (Campos), que reacende a lembrança de Eduardo e mantém sua presença forte na política", afirma o presidente do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes.   

SESSÕES NA CÂMARA DOS DEPUTADOS E ALEPE 

As celebrações à memória de Eduardo Campos continuam ao longo da semana. Na segunda-feira (12), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realiza uma sessão solene em homenagem ao ex-governador. A proposição foi do deputado Diogo Moraes (PSB). 

"Mais do que o político, será celebrada a memória de um homem que fez com que os pernambucanos sonhassem e trabalhassem juntos na construção de um ciclo virtuoso para o nosso Estado. A realização da Sessão Solene não se restringe meramente a um ato protocolar, mas representa um tributo justo e merecido a um grande estadista, que dedicou sua vida ao serviço público e ao bem comum. É uma oportunidade para relembrarmos e exaltarmos os feitos e conquistas desse homem e renovarmos nosso compromisso com os valores e princípios que ele tão dignamente defendeu", enfatizou Moraes na proposição.

Na terça-feira (13), às 11h, será celebrada uma missa, na Igreja de Casa Forte, em memória pelos 10 anos da morte de Eduardo Campos e pelos 19 anos do falecimento de seu avô, Miguel Arraes, que também partiu no dia 13 de agosto. A missa será celebrada pelo monsenhor Luciano Brito. 

Em reconhecimento à contribuição de Eduardo Campos como gestor público e à política brasileira, a Câmara dos Deputados também vai realizar uma sessão solene em sua homenagem. A "Homenagem à vida e ao legado de Eduardo Campos" acontece na quarta-feira (14), no Plenário, a partir das 9h.  

LIVRO DOS HEROIS

Outro reconhecimento a Eduardo Campos poderá ser a inscrição do seu nome no Livro do Panteão dos Heróis e Heroínas de Pernambuco – Fernando Santa Cruz. Na terça-feira (6), a Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou, por unanimidade, dois projetos de resolução que reconhecerão as contribuições de Eduardo e Ariano Suassuna para o Estado. Os nomes de Ariano e Eduardo foram indicados pelos deputados Sileno Guedes e Waldemar Borges, respectivamente. 

Guardado no Museu Palácio Joaquim Nabuco o Livro é destinado ao registro perpétuo do nome de pessoas ou grupo de pessoas que tenham marcado a história do Estado de Pernambuco, incorporando feitos de sua trajetória pessoal ao acervo cultural, social, econômico, paisagístico, artístico e intelectual, ou cuja bravura e heroísmo tenham contribuído com a formação da identidade pernambucana, a defesa dos direitos humanos ou a luta pela democracia e justiça social.

ACIDENTE AÉREO

No dia 13 de agosto de 2014, Eduardo Campos deixou o Rio de Janeiro, onde tinha participado de entrevista no Jornal Nacional, com destino a Santos, na cidade do Guarujá, em São Paulo, para cumprir agenda de campanha como candidato à Presidência da República. Além dele, outras seis pessoas estavam na aeronave: o jornalista Carlos Percol, o fotógrafo Alexandre Severo, o cinegrafista Marcelo Lyra, o assessor Pedro Valadares Neto, e os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins. Todos morreram no acidente aéreo.

A aeronave caiu no quintal de uma área residencial no bairro do Boqueirão, em Santos. Oito casas foram danificadas e 11 pessoas que estavam na área ficaram feridas após o impacto.

Só na madrugada do sábado (16), três dias depois do acidente, os restos mortais de Eduardo, Percol, Severo e Lyra chegaram ao Recife. A identificação das vítimas foi feita por DNA, em função do estado de fragmentação dos corpos.

Os caixões fechados seguiram para o Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio. O velório aconteceu durante toda a noite e, no dia seguinte, um cortejo acompanhou o transporte do caixão sobre o carro de Bombeiros até o Cemitério de Santo amaro, onde o corpo foi enterrado. 

A partida precoce de Eduardo Campos, em plena campanha à Presidência, provocou comoção nacional. O então ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff e a vice de Eduardo, Marina Silva, estiveram no sepultamento, além de políticos de todo o País. A despedida do ex-governador reuniu não só políticos, mas o povo pernambucano: triste, devastado, incrédulo pela perda do seu principal líder político da atualidade.  


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