Silvio Almeida é aconselhado por integrantes do governo a pedir demissão

Ainda hoje o ministro vai se reunir com o presidente Lula, em Brasília; integrantes do governo avaliam permanência como insustentável

Publicado em 06/09/2024 às 10:08 | Atualizado em 06/09/2024 às 12:30

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi aconselhado por integrantes do governo a pedir demissão do atual cargo no ministério.

Segundo os integrantes do governo, a permanência do ministro se tornou insustentável.

Apesar da denúncia, o ministro mostra-se resistente e nega as acusações. Silvio acredita que as denúncias serão derrubadas pelas apurações internas. As informações foram confirmadas pela CNN Brasil.

DENÚNICA

O ministro dos Direitos Humanos do governo Lula, Silvio Almeida, foi denunciado à organização Me Too Brasil por suposta prática de assédio contra várias mulheres, inclusive a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco. De acordo com o portal Metrópoles, que entrou em contato com a associação que atende mulheres vítimas de assédio, foram relatados vários casos pelas vítimas que procuraram apoio na Me Too.

A associação não revela os nomes das mulheres que procuram atendimento, mas, segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, no caso da ministra Anielle Franco, mais de 14 pessoas próximas a ela foram ouvidas confirmando os episódios de assédio.

NOTA DO MDH

Em nota, publicada no site do Ministério dos Direitos Humanos, Silvio Almeida disse "repudiar com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas".

"Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país"

"Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro. Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam".

"Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro. Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas. Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso", disse". 

Em complementação da nota, o ministro garantiu que as falsas acusações, conforme definido no artigo 339 do Código Penal, configuram “denunciação caluniosa”. Tais difamações não encontrarão par com a realidade. 

"De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso. Isso comprova o caráter baixo e vil de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias". 

"Quaisquer distorções da realidade serão descobertas e receberão a devida responsabilização. Sempre lutarei pela verdadeira emancipação da mulher, e vou continuar lutando pelo futuro delas. Falsos defensores do povo querem tirar aquele que o representa. Estão tentando apagar a minha história com o meu sacrifício".

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